Direcionado para trocar experiências com professores e profissionais da educação.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Uma luz no fim do túnel...
“Percebemos que a televisão exerce grande influência em nossas vidas, quer seja como forma de lazer, quer seja pela atualização dos fatos ocorridos no mundo.
O que não podemos negar é que mesmo a TV exercendo grande influência em nossas vidas, as pessoas, mais especificamente, as crianças, que são nosso foco de estudo, não são passivas diante da televisão. De acordo com Pougy (2005), a criança relaciona-se com a TV do mesmo modo que se relaciona com o que está a sua volta. Para ela, a TV constitui-se em um jogo simbólico, como são as brincadeiras infantis. A criança é receptiva das mensagens veiculadas a TV, ela recria de acordo com suas experiências em um processo de troca de conhecimentos. Ela incorpora o que vê e ouve de maneira criativa, retirando o que lhe interessa naquele momento.
Segundo Foucault apud Fischer (2002) a mídia participa da constituição de sujeitos e subjetividades na medida em que produz imagens, significações, enfim, saberes que de alguma maneira se dirigem à "educação" das pessoas, ensinando-lhes modos de ser e estar na sociedade em que vivem.
É necessário, assim, ressaltar que não se pode negar que a mídia exerce influência na formação desse sujeito ao lado da escola, família, instituições religiosas a sociedade em geral. Os processos de subjetivação sempre são históricos e, portanto cada época possui construções particulares do contexto onde se está inserido.”
Ontem estava com medo de levar meu pequeno para assistir o filme Avatar, já havia contornado duas tentativas... Li um pouco sobre o filme, gostei, mas ainda desconfiada... Como estamos nesta sociedade com algumas demências culturais, ando sempre com o pé atrás. A boa noticia é que o filme me surpreendeu positivamente pela diversidade dos temas abordados entre eles:
• Valorização da cultura
• Respeito
• Valorização de todo o tipo de vida independente da espécie
• Visão de que a vida está interligada a outras vidas
• Um ecossistema que tem força de transformação
• Valorização da família, do companheirismo, do trabalho em equipe.
• Reflexão sobre os atos, energias que deixamos para os outros.
• Desvalorização do capitalismo selvagem
Estes são apenas alguns tópicos. A mensagem em prol da vida e do ecossistema exige uma reflexão paralela com o mundo que temos e o mundo que queremos. Um mundo humano que cuida, protege e é grupo, é família é vida.
O que mais me animou como educadora é saber que o filme é sucesso no mundo, isto me leva a acreditar mesmo que utopicamente que é possível uma transformação em uma sociedade tão doente, tão cega e tão descartável como a que vivemos.O filme exige de você mesmo sem querer um pensar, um pensar profundo sobre o que temos, o que queremos e como estamos. Em quase todos os momentos estive ao lado dos avatars e só torci para os humanos quando eles realmente eram humanos.Ainda estou atenta as questões de marketing do filme mas a mensagem mais urgente ele passou “ a vida” e isto já me anima!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Momento mágico...ajudando nas mudanças
Ministrando aulas de filosofia para alunas da pedagogia, tive também que fazer adaptação com umas três alunas. Alunas com idade diferente das demais que estavam aprendendo a lidar com o novo, novas rotinas e mudanças de concepções sobre a vida e sobre o mundo. Utilizei-me das mesmas técnicas, das mesmas concepções que utilizava com as crianças pequenas. Valorizei a mudança e criei vínculos de parceria colocando-me a disposição para qualquer dificuldade.
Dias depois recebi um email de uma destas alunas que comprovou a importância de estar preparada teoricamente, mas acima de tudo possuir a competência de ouvir, ver e agir como educadora. Por este email meus 10 anos de estudo na educação já valeram!
“ Professora...
Quero agradecer por ser minha grande incentivadora estava com medo e quase desistindo de estudar, porém suas palavras e atenção além de me fazerem retomar a idéia de estudar me encheram de coragem e dedicação. Me senti valorizada e capaz. Capaz por ter você como minha professora.”
Momento mágico... Ensinando a dizer tchau...
Dia destes pensando... Relembrei momentos mágicos da minha história como educadora. Lembrei-me dos alunos novos que chegam todos os anos na nossa vida. Se for pensar em números e por algum motivo eles começaram a fazer parte dos meus pensamentos estes dias, ensinamos a dizer tchau eu e minhas amadas professoras a mais de mil famílias.
Nesta história o momento mágico está no desafio de conquistar a confiança das pessoas que chegam à Escola assustados e extremamente inseguros, confesso que avalio como uma vitória chegar até a Escola, pois as mães trazem o seu bem mais precioso que é um filho.
No nosso caso bebês de colo, muitos mamando e outros que estão começando a falar. Chegam a um lugar desconhecido, com pessoas estranhas, exigindo de si um esforço já imenso na ótica materna e paterna, portanto todo o trabalho de encantamento, convencimento e aprendizagem está nas mãos dos educadores uma vez que eles são os especialistas experientes para tal tarefa.
Conquistar a confiança desta família é a maior recompensa que podemos ter, sentir que nos tornamos parceiros e pessoas de referência para conversar assuntos de educação e comportamento, é mágico.
Ajudar as crianças a descobrirem o novo espaço, os novos amigos e a interagir com o novo mundo que a espera nas brincadeiras, nas histórias, nos passeios e nas festas escolares recompensa todos aqueles momentos que acalantamos, conversamos, saímos da sala para passear e combinamos o tempo de espera.
Para quem está de fora parece que magicamente aquela criança que não queria ficar na Escola, agora não quer ir embora, aquela criança que chorava hoje sorri para você e no sábado pega sua mochila e pede para ir à escola.
Percebo esta conquista como algo mágico, mas sei que por detrás do palco houve muito ensaio, muito estudo e uma preparação de equipe, um programa vislumbrando este encontro e esta conquista.
No programa de adaptação de uma Escola esperamos esta criança sabendo quem ela é, marcamos o tempo, pensamos no seu desenvolvimento, sabemos até onde podemos ir, até onde podemos desafiar e desequilibrar para ensiná-la a dizer tchau.
Portanto, a confiança e os vínculos criados neste período perduram por toda uma vida escolar. Criamos relações de amizades, trocamos experiências e magicamente aprendemos juntos! Por isso Pense!
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Férias são para curtir...
" Posso ouvir minha avó cantar, empurrando o carrinho de brinquedos...Vamos a lá praia ohohohohohoho, momentos eternos e únicos" Kaka
Terminaram as aulas, os filhos em casa. Nada de horários, lições, leva e traz da escola, enfim, missão cumprida. Muitos pais comemoram as férias dos filhos, pois elas representam um descanso para eles também. Fazem suas férias coincidirem com as escolares, apreciam conviver com os filhos, aproveitam para colocar os assuntos em dia, passeiam juntos. É hora de reunir a família. Outros, porém, não sabem o que fazer com os filhos em casa e se atrapalham, não planejam férias conjuntas, ficam ansiosos e acabam por desejar que o ano letivo comece logo.
As férias são importantes para as crianças e adolescentes refazerem-se do estresse causado pela rotina, horários apertados e a correria instalada na sociedade atual. Esse é um período que pode ser aproveitado pela família toda. Porém, se não for planejado, pode ser um pesadelo para todos. O ideal é que aqueles que gostam de participar ativamente da vida dos filhos planejem férias conjuntas ou pelo menos alguns momentos agradáveis com eles.
As férias são merecidas por todos: os que foram aprovados e mesmo os que não foram. Todos trabalharam o ano todo, fizeram os deveres, se empenharam. Alguns mais, outros menos. Férias devem ser férias. Nada de fazer os filhos estudarem em pouco tempo o que não conseguiram durante o ano letivo. Se a família puder ficar bem com todos juntos, ótimo. Se o convívio não é a melhor opção no momento, faça com que esse período seja agradável aos filhos. Planeje viagens, acampamentos ou deixe-os escolher o que desejam fazer. Mudar a rotina dos almoços corridos do shopping, por uma comidinha feita pela mamãe, brincar na casa dos primos, rever a família e arrumar aqueles brinquedos no canto do quarto, folhear os livros antigos e os que ainda não conseguiu ler pertinho da sua família fazem toda a diferença na história de vida do seu filho e lembre-se a qualidade dos momentos valem muito mais do que a quantidade. Por isso PENSE férias é fundamental para a saúde das rotinas. O que seria do mundo se ao final de 12 meses de 365 dias não pudéssemos recomeçar com um ano novo! Com idéias novas! Após curtas ou longas férias. Temo que estivessemos todos loucos!
sábado, 19 de dezembro de 2009
Tudo o que desejo é agradecer....
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Desejo, com todas as minhas forças que meus aluno e minhas alunas sejam felizes, mas acima de tudo que se tornem pessoas conscientes de suas criticas, que façam criticas construtivas e embasadas teoricamente. O falar pelo falar diminui as pessoas segrega as trocas e impossibilita as aprendizagens. Pessoas com visão de mundo globalizado e responsáveis pelos seus atos, capazes de distinguir as coisas e os fatos com olhar limpo, ou seja sem preconceitos sociais e religiosos. Que possam ver no outro novas janelas para suas experiências. Triste daqueles que não conseguem usufruir do que os parceiros tem de melhor! Em homenagem a turma do II período que despediu-se do CEI em grande estilo para sua faixa etária " No mundo do faz de conta" princípes e pricesas se confraternizaram para a grande despedida, foi um sucesso! Parabéns, pois todos deram a volta por cima e estão lá cheios de curiosidades cedentos para a mais linda ação que é aprender e ensinar. Obrigada! Por tudo que me ensinaram em 2010!
Somos tudo aquilo fazemos, sobretudo,tudo aquilo que fazemos para mudar o que somos"Eduardo Galeano
Recentemente, tive a oportunidade de conviver com uma cultura muito diferente da minha. Tive grandes dificuldades de me fazer entender, mas o que mais me impressionou foi a dificuldade ou a incapacidade das pessoas de aceitar as diferenças e construir canais de comunicação. Canais que facilitam as trocas e agregam aprendizagem. As diferenças fazem com que possamos aprender. O problema é quando as pessoas não desenvolveram a capacidade de troca, de aceitação e entendimento das diferenças que existem entre as coisas e as pessoas. Dificuldade de abrir-se para novos mundos, novas músicas, novas visões de sociedade. A única solução para estes casos é a formação docente intensa e direcionada, visando o bem da educação independente das pessoas gostarem ou não. Pessoas que não trocam e não somam precisam mudar! Por isso Mude, Aceite desde que seja para o bem da educação! Se você não consegue enchergar com os seus olhos, leia, ouça e depois critique!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Por uma educação Bilingue...
Estudando a importância da linguagem e do desenvolvimento da mesma na primeira infância. Devemos dar maior atenção para o estímulo de uma segunda língua nesta fase do desenvolvimento cognitivo, pois é nesta fase a maior facilidade de aprendizagem devido à alta produção de neurônios no cérebro infantil. O estímulo de uma segunda língua influenciará todas as demais áreas.
Com base nos apontamentos do pesquisador SCHÜTZ (2003), por razões de ordem biológicas e psicológicas, quanto mais cedo a criança venha a ter o contato com a LI melhor torna-se o ritmo de assimilação da língua alvo.Também de acordo com as teorias do pesquisador BROWN (2001), a linguagem desenvolve-se com mais eficácia durante a infância.
Visitei algumas escolas bilíngües na Argentina e em São Paulo e fiquei impressionada com a fluência e a forma como adquirem a segunda língua. O interesse e a motivação envolvidos pelo lúdico.
A respeito da linguagem, destacamos o pensamento de ORLANDI (2003), o qual nos mostra que ao mesmo tempo em que é constituída, linguagem é um fator importante para o desenvolvimento mental, exercendo uma função organizadora e planejadora do pensamento. Isto nos leva a observar que a linguagem tem uma função social e comunicativa. Ao notarmos as funções que a linguagem possui, de acordo com ORLANDI (2003), fundamentamos que a partir da interação social, da qual a linguagem é expressão fundamental, o sujeito constrói sua própria identidade.
Ainda em conformidade com ORLANDI (2003) e BRANDÃO (2002), podemos ressaltar que através da ação o ser humano tem acesso ao mundo físico-social, e na mesma linha sobre a ação que o ser humano exerce sobre o mundo, pois através da atividade social é que esse mundo será transformado em um significado, em conhecimento e linguagem. Ao adentrarmos nos conceitos de linguagem, com base nas teorias de Lev Vygotsky, podemos notar que a linguagem é ligada ao fator que cada indivíduo possui dentro do seu processo de pensamento. No âmbito do pensamento e da inteligência, o homem utiliza “ferramentas que auxiliam os processos psicológicos da fala, nas ações concretas.” (OLIVEIRA, 1993, p. 30)
De uma forma geral, sem nos adentrarmos em concepções mais profundas a respeito do termo linguagem, podemos concluir que “o ser humano só existe dentro do mundo e o mundo só existe dentro da linguagem”. (ORLANDI, 2002, p. 15).
De experiência própria tive professores tradicionais que não me encantavam para o inglês e isto prejudicou meu empenho em aprender inglês, só depois que me encantei com os alunos argentinos, que assim que souberam que éramos estrangeiras começaram a se utilizar do inglês língua universal para se comunicar, foi então que pensei, puxa isto é maravilhoso! Poder se comunicar com o mundo ou com uma grande parcela dele tendo em vista que mais da metade do planeta é bilíngüe, aprendi em meses o que minha mãe pagou em anos de cursinho. E tudo porque hoje é significativo para mim falar inglês. Percebo que muitas pessoas não sabem da importância de estimular uma segunda língua e às vezes até acham que isto pode prejudicar o desenvolvimento da língua materna. As crianças assimilam uma LE, em particular o Inglês, com maior naturalidade quando começam mais cedo, pois dessa forma poderão dedicar mais tempo ao aprendizado da língua alvo, acumulando um conhecimento maior e mais sólido. Sobre a aprendizagem, OLIVEIRA (1992, p. 33) salienta que “a aprendizagem desperta processos internos de desenvolvimento que somente podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras pessoas”.
Após uma extensa investigação, iniciada há meio século com seus filhos e outras crianças de seu meio, o psicólogo suíço Jean Piaget percebeu que as crianças possuem uma forma particular de pensar e entender, chegando à formulação teórica do desenvolvimento cognitivo (infantil).
Segundo ele, o Período Operatório Concreto (07 aos 11 anos), é o período onde as palavras tornam-se instrumento do processo do pensamento e a criança torna-se mais comunicativa. Por meio desta concepção da teoria de Piaget, podemos notar uma das razões para o ensino da LI nas séries iniciais do ensino fundamental.
Essas considerações teóricas, no tocante a discussão sobre linguagem e desenvolvimento cognitivo, mostram a capacidade intelectual da criança para aprendizagem de uma Língua Estrangeira (LE), em particular o Inglês.
Fiz um curso todo em inglês com o objetivo de me desafiar, desequilibrar e o resultado foi surpreendente, entendi tudo, mas me senti uma muda pois não conseguia me expressar ou seja meu cérebro não sistematizou os conhecimentos, não ouve aprendizagem e sim fleches de informações baseada em palavras traduzidas descontextualizadas com a minha vida. Magda Soares já fala sobre os analfabetos funcionais do português e eu me senti uma analfabeta funcional do inglês. Estou na luta! E tenho certeza de que vou chegar lá! Mas o meu filho não! Ele será um bilíngüe nato e isto se dá pelo fato de que a educação está cada dia mais buscando conhecimento em outras ciências fazendo trocas com neurologistas que sabem como o cérebro funciona, e sabendo disto as Escolas possibilitam um currículo bilíngüe! Tudo é um começo, um começo em busca do melhor para nossos alunos.
domingo, 6 de dezembro de 2009
È hora de rever, reavaliar, refletir e planejar.....
O ano está terminando e junto com ele a avaliação de todo um trabalho, refletir e agir...mudar para que em 2010 possamos acertar mais e mais...em busca da excelência e da qualidade na educação...lá vamos nós!
Se é verdade que um bom planejamento evita problemas posteriores, certamente a primeira semana do ano é a mais importante para qualquer escola: é quando os gestores e a equipe pedagógica se reúnem para projetar os próximos 200 dias letivos e fazer a revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP) - o documento que marca a identidade da escola e indica os caminhos para que os objetivos educacionais sejam atingidos. É o momento de integrar os professores que estão chegando, colocando-os em contato com o jeito de trabalhar do grupo, e, claro, mostrar os dados da escola para todos os docentes, além de apresentar as informações sobre as turmas para as quais cada um vai lecionar.
Antes de produzir esta reportagem, perguntamos a diretores e coordenadores pedagógicos, em nosso site, quais as principais dúvidas em relação à semana de planejamento. Recebemos 45 mensagens, questionando desde como organizar os encontros (e quem deve participar deles) até incertezas sobre os temas a debater. Para ajudar esses e outros leitores, sugerimos um cronograma para cinco dias de planejamento, com indicações sobre o que fazer em cada um deles e ideias práticas para conduzir os trabalhos.
Organização
A semana pedagógica, nunca é demais lembrar, não se restringe a esse período - pelo menos para os gestores. Érika Virgílio Rodrigues da Cunha, professora de Didática, Currículo e Avaliação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), afirma que o diretor deve planejar com antecedência, executar a agenda definida e acompanhar os resultados durante o ano. A preparação prévia está reunida no quadro abaixo, e as dicas para garantir um bom acompanhamento dos resultados, no último quadro desta reportagem. O planejamento da semana em si ocupa as próximas páginas.
Uma regra geral é começar o encontro pela discussão dos grandes temas e depois partir para os desafios específicos. Para o presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Barbosa de Camargo, a melhor maneira de fazer isso é preparar bons diagnósticos. "As decisões essenciais decorrem da reflexão sobre os rumos que a escola quer percorrer", diz.
O cronograma apresentado a seguir é apenas uma sugestão para ajudar você no planejamento da semana. Dependendo do tamanho da sua equipe docente e da escola, faça as adequações necessárias.
E um 2010 bem planejado para todos!
Primeiras providências
Reúna a equipe gestora alguns dias antes para preparar a semana. Algumas ações devem ser realizadas:
- Montagem do calendário da escola
Com base na programação oficial da Secretaria de Educação (em que constam feriados, recessos e eventos de rede), planeje o calendário da escola, reservando datas para reuniões periódicas, como as de pais, do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres. Eleja alguns dias para eleição dos representantes de classe, feiras de Ciências e de livros, confraternizações e festas ou outro evento que a escola costume realizar. Peça ao coordenador para sugerir dias e horários para o trabalho pedagógico coletivo (geral, por área e por série).
- Consolidação dos dados da escola
Faça uma tabela com os principais dados da escola - número de matrículas iniciais e finais e as taxas de aprovação, repetência e distorção idade-série (leia mais na reportagem sobre dados da escola) -, os resultados de avaliações e planilhas de aprendizagens dos alunos.
- Planejamento do tempo
Monte um cronograma da semana pedagógica baseado na quantidade de dias que a escola dispõe para o encontro.
- Organização do espaço
Calcule quantos grupos de trabalho serão formados durante os encontros e combine com o pessoal da limpeza para que os espaços estejam limpos e organizados. Exponha as produções de alunos e professores em corredores e nas salas de aula para criar familiaridade e valorizar o trabalho realizado pelos alunos.
- Previsão de alimentação
Como receber a equipe? Com um café da manhã de boas-vindas? Então é preciso contar com a presença das merendeiras no local e preparar um espaço para essa recepção. Se a equipe vai se reunir por alguns dias, planeje os momentos em que ocorrerão as pausas e o almoço e o que será servido. Peça que as merendeiras organizem o cardápio e façam as compras necessárias.
Evite!
Não perca tempo com dinâmicas de grupo e leituras de texto de "motivação" - práticas que não levam à melhoria da aprendizagem. A maneira mais eficaz de estimular a equipe é garantir um bom ambiente de trabalho e compartilhar metas.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Reportagem Jornal Hoje - 01/12/2009 Série Primeiros Passos
Os filhos fazem mil perguntas:
- De onde vêm os nenéns?
- Como eles vão parar dentro da barriga?
- Porque as meninas são diferentes dos meninos?
Os pais ficam cheios de dúvidas. “A gente fica um pouco perdido, é difícil de dizer para ele o que é aquilo e para que serve, né?”, fala Elmar de Mello, empresário.
A diferença entre meninos e meninas é uma das perguntas mais comuns.
- Mamãe, por que os meninos tem piu-piu e eu não tenho?
Converse naturalmente com seu filho. Uma ideia é mostrar figuras apropriadas para a idade dele, mas cuidado para não falar demais. Responda apenas o que foi perguntado e procure satisfazer a curiosidade da criança de uma forma bem simples.
Tatiana Koneski de Souza, empresária vai devagar. “Eu falo para ela que o piu-piu do menino é para fazer xixi e as meninas também, por enquanto eu acho que é o que ela tem que saber.”
Há pouco tempo ela levou um susto com a filha de seis anos. “Ela me contou que estava treinando beijo na boca com os meninos do prédio para que no dia que ela pudesse namorar o namorado dela da escola, ela saber direitinho”, fala a empresária.
“A criança dentro da curiosidade dela ela está querendo ver como é que é, agora quando se trata de uma situação exagerada onde se percebe que há uma erotismo nesta curiosidade, aí sim é uma coisa exagerada e até abusiva em relação ao colega ou a colega, aí sim merece cuidados, uma vigilância e as vezes até mesmo uma interferência”, explica Francisco Baptista Neto, psiquiatra.
E quando os pais percebem que a criança está se tocando? Muitos dizem: "é feio, não mexa ai”. “A criança pode ter a sua sexualidade reprimida e isso pode ter consequências as mais diversas como impotência e frigidez a partir da adolescência”, orienta o psiquiatra.
Também é natural, lá pelos quatro anos de idade, o menino se apaixonar pela mãe e a menina pelo pai. Luan não suporta dividir a mãe:
JH: o papai não pode beijar a mãe?
Luan: não, não e não!
JH: por quê?
Luan: tá, agora pode passar para a Isabella direto ? ( risos)
Ele fica furioso e tenta afastar os pais.
JH: Por que o pai não pode beijar a mãe?
Luan: eu já disse, porque ela é só minha.
Demonstrações de carinho entre os pais são importantes. Mas uma coisa são beijos e abraços espontâneos, outra é o exibicionismo, o exagero na frente do filho.
Cuidado para não provocar ciúmes e estimular a competição entre a criança e o pai - que pode ser visto como um rival - ou a mãe.
O psiquiatra aconselha:
- não brinque de namorado com seu filho, o melhor é evitar beijos na boca;
- preste atenção para os sinais de erotização precoce.
Estímulos sexuais chegam de todos os lados.
“Este estímulo visual de roupas, este estímulo do próprio comportamento atualmente as danças, é enfim todo este apelo sexual, as crianças acabam se estimulando mais cedo, existe este estímulo mais cedo”, fala Karine Rodrigues Ramos, pedagoga.
“O que as crianças precisam é não ter estímulos eróticos dentro de sua casa”, completa Francisco Neto.
E eles observam tudo!
Luan: só adulto que pode namorar de qualquer jeito.
JH: criança, como pode namorar?
Luan: só dá a mão, brincar no colégio como a Isa disse.
JH: e adulto?
Luan: namora, beija na boca, isso tudo ai...
JH: beija na boca?
Luan: é claro.
sábado, 28 de novembro de 2009
A educação familiar
È impressionante como em momentos difíceis onde temos que aprender a lidar com situações inesperadas buscamos conhecimentos, falas e posturas ensinadas por nossos pais. Assim como nossos alunos estes conhecimentos ficam lá guardados esperando o momento para ser usado, como uma semente. Estamos eu e meus irmãos passando por um momento onde nossos conhecimentos estão fazendo toda a diferença. Nossos pais plantaram em nós a semente da esperança, da persistência, do amor e acima de tudo da superação. Buscar superar-se é rever, reavaliar e acreditar sempre no sonho possível, na força do ser humano sobre seu corpo, sua mente e sua capacidade de sistematizar conhecimentos para que assim possa viver a vida. Renascer após um transplante complicado, renascer e retomar hábitos em prol da vida. Continuar brincando após a despedida de uma professora querida, continuar fazendo amigos após a perda de um. A competência de superação só acontece quando paramos para refletir sobre a ação e as forças sociais nós levam a acionar conhecimentos que nortearam nossas escolhas e decisões "Nossa vida" influenciada por nossa bagagem cultural.
"A pessoa que possuí imaginação mas não tem cultura possuí asas mas não tem pés."
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Por uma formação DECENTE...
Parece obvio que qualquer mudança na Educação tem que prestar especial atenção aos professores e a sua formação. Temos assinalado que o aprendiz tem que construir seus próprios conhecimentos, mas o faz dentro de um ambiente e de determinadas relações sociais, e, na escola, quem administra estas situações é o professor. Ele tem que criar condições favoráveis para que o aluno aprenda e se desenvolva, e é uma tarefa muito difícil.
Mas não parece que muita gente esteja consciente disto e se preocupe. Por isso, a tarefa fundamental que se espera dos professores é a de guardar as crianças, torná-las respeitosas das normas e da ordem social estabelecida, e ensiná-las algumas coisas que não importa que não sirvam para nada porque, tal e como se ensina são pouco utilizáveis, sendo respeitosas já poderão aprender o que necessitam para fazer seu trabalho quando o iniciarem.
Ser professor é uma profissão mal paga que poucas pessoas escolhem diante de outras possibilidades de escolher uma profissão melhor remunerada e com mais prestigio social. A maioria que a abraça o fazem por limitações de tipo social, maior duração de outros estudos etc. Por isso não são poucos os professores que encontrando uma possibilidade mudam de emprego. Por essas mesmas razões não se seleciona os melhores indivíduos para serem professores. Sendo, como dizemos uma profissão muito difícil em todos os aspectos econômicos, sociais e culturais. Profissão que costuma ter uma formação curta e freqüentemente antiquada. O fato de que isso se faça assim. Torna evidente a pouca importância que se dá a função de professor, e, sobretudo a qualquer mudança nesta função.
A preparação dos professores deveria mudar muito para levar em conta as necessidades de uma educação mais voltada ao desenvolvimento dos alunos que a sua submissão, e também adequar-se as necessidades culturais atuais.
A Escola não pode estar centrada nela mesma. A escola apesar dos alunos obter informações nos diversos meios de comunicação existentes na sociedade hoje é insubstituível para provocar e desenvolver a capacidade de criação, para ensinar a analisar a realidade criticamente e a pensar por si mesmo, coisa que não se adquire, desde cedo, vendo televisão. Pode-se suspeitar que os poderes públicos se contentem com esta situação, e que a influencia da televisão não se conteste em centros que deveriam ensinar o individuo a pensar e a analisar as imagens. Mecanismo que segrega, marginaliza e corrompe o homem social. Torna ele um “bicho” que não se preocupa com a vida, com o planeta, com os outros. Que passa por uma criança com fome e não vê, que barganha, que rouba de quem não tem nada, que alienado pelo consumismo passa a sua vida trabalhando, que não é capaz de PENSAR por isso, PENSE!
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domingo, 1 de novembro de 2009
A revolução de 68!
Nesta última semana sofremos coletivamente eu e duas grandes amigas o resultado da prova de mestrado de uma universidade estadual! Então refleti muito sobre a revolução de 68. Revolução jovem em prol de educação para todos, qualidade de vida e emprego digno de graduados e pós graduados. Portanto, a necessidade de uma cultura de educação para todos completa 41 anos e ainda não disponibiliza uma vaga de mestrado para todos. A seleção oculta as diferentes tramas que um aluno que quer fazer mestrado tem de tecer.
A seleção não diz:
* para cursar mestrado você deve quase que obrigatoriamente ter cursado a graduação nesta universidade.
* Pesquisar e desenvolver um projeto que algum professor do mestrado se interesse!
* Não ser trabalhador, porque as aulas são em horários comerciais.
* Conhecer os professores e ter um contato direto para que ele conheça o seu trabalho e se interesse em ser seu orientador.
Na Paris de Maio de 68, havia uma fórmula francesa para preparar a revolução: rêve (sonho) + évolution. Assim estava escrito nos muros, nas paredes, nos portões, com a precisão possível em momento de alta volatilidade e desejos a mil.
Toda e qualquer idéia liberadora deveria ser escrita logo e dada ao conhecimento geral na rua. As frases e slogans nunca se assentavam no papel: iam diretamente para o lado de fora, assim escapando dos leitores sedentários para serem incorporadas pelos transeuntes. Idéias permanentes gravadas nos passageiros daqueles dias de chienlit. Tudo se transformava: como poucos movimentos políticos e sociais, maio de 68 fez surgirem “palavras de ordem” inéditas, que procuravam modificar o mundo através da imaginação. “Exagerar, eis a arma”. “A barricada fecha a rua, mas abre o caminho”.
Sim, a rua estava completamente alterada: a pele nova das palavras se colava ao lado dos cartazes baratos e rudimentares, produzidos pelo Atelier Popular da Escola de Belas-Artes de Paris, que anunciavam outra sociedade. Seguro de que “A ação não deve ser uma reação, mas uma criação”, um grupo minúsculo de estudantes concebeu mais de 350 cartazes, após intensas discussões, distribuídos em maio e junho de 1968 pelas ruas parisienses, até o momento em que a polícia invadiu o local de trabalho. Esses cartazes demonstravam solidariedade aos operários e aos imigrantes; sobretudo, lançavam fortes acusações ao governo De Gaulle e à repressão. Pregavam a ação comum dos trabalhadores e dos estudantes sob o lema “Usine Université Union”.
Mas observe a educação é para todos! È irritante tranformar é preciso!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Contribuição Fernanda Alves
“O significado da Matemática para o aluno resulta das relações que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e entre os diferentes temas da própria Matemática. O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído pelo homem e em permanente evolução e relação com as situações-problema do cotidiano. O conhecimento matemático favorece o raciocínio lógico, a interpretação, a análise, a comparação, a argumentação e a abstração. Isso mostra a Matemática em sua prática filosófica, científica e social e contribui para a compreensão do papel que ela assume no mundo”.
Professora Fernanda Alves
Alguns princípios da Educação Infantil
“O trabalho pedagógico na educação infantil diferencia-se de acordo com a faixa etária e processo de construção progressiva de autonomia por parte da criança.
È parte dos processos de ensino-aprendizagem a investigação das concepções e representações das crianças, considerando-se as características da faixa etária e as especificidades socioculturais do grupo e os ritmos de cada indivíduo. Para isso é preciso que o adulto observe, interprete e registre as ações e reações das crianças com a finalidade de descobrir o que é significativo para elas e as lógicas de suas práticas cotidianas.
As atividades dedicadas as crianças de zero a um ano precisam considerar a sua grande dependência em relação ao adulto e, portanto a necessidade de interações individualizadas adulto-criança, nos momentos de explorar o próprio corpo através de movimentos e da experiência de diferentes sensações no contato com os objetos. Nessa fase inicial o ambiente precisa ser aconchegante, mas apresentar, também alguns desafios através da diversidade de materiais que irão mediar a relação e as brincadeiras entre o adulto e a criança.
As crianças de um a dois anos já poderão participar de algumas atividades em grupo, mas ainda têm necessidade de atenção individualizada por parte do adulto. Nessa fase é fundamental pensar em atividades que proporcionem o desenvolvimento motor e o desenvolvimento da linguagem, como, por exemplo, imitar os movimentos e os sons produzidos por diferentes animais. Aqui, o adulto precisa estar atento para o significado da fala das crianças, que se confunde com as ações e os gestos. Ainda é importante considerar que o tempo de concentração em cada atividade é muito pequeno, sendo necessária uma variedade de propostas na rotina cotidiana.
De dois a quatro anos iniciam os jogos simbólicos, as brincadeiras de faz-de-conta e uma maior desenvoltura motora das crianças para a exploração do ambiente e dos objetos. Nessa fase já é possível organizar as primeiras rodinhas para comunicação e representação como, por exemplo, fazer mímicas para imitar outros seres vivos, além de desenhar, pintar, modelar, ler histórias infantis, ouvir e cantar algumas músicas. Nesse período as crianças começam a tomar algumas decisões por conta própria, como escolher alimentos e roupas e, também, se alimentar e se vestir sozinhas.
Nessa época, as crianças começam a se dar conta das diferenças entre as coisas e as suas representações através de desenhos, histórias, etc. A interação da criança com o mundo se dá, portanto, no plano da ação e no plano simbólico, através da fala, do jogo e da imitação. A passagem do plano da ação para o plano da representação se dá através da linguagem. As representações são condições para as operações mentais. As ações são interiorizadas e reconstruídas pelas representações. Ao tomar consciência das ações, o sujeito representa o real. Para isso, é importante valorizar o faz-de-conta, as imitações, os desenhos, as histórias, a fala, as narrativas, etc. Além disso, a autonomia se constitui através da responsabilidade em realizar tarefas e em cumprir compromissos com o grupo. Um espaço importante é o do planejamento coletivo, isto é, das decisões em grupo sobre as atividades cotidianas.
Dos quatro aos seis anos, é possível investir nas atividades cooperativas que requerem negociações permanentes. Nesse período começam a se estabelecer as regras de convivência, sendo o momento privilegiado para o desenvolvimento de atividades a partir dos temas e das metodologias oriundas das diferentes áreas do conhecimento. Para tanto, é importante a observação dos interesses e das necessidades das crianças, através da oferta de materiais variados e da proposição de atividades diferentes simultaneamente para que elas possam realizar algumas escolhas. Aqui a atividade simbólica começa a tornar-se mais complexa nas brincadeiras de faz-de-conta e nas dramatizações.
É importante considerar que a diferenciação entre o desenho e escrita começa a ser construída nessa época. Além disso, a escrita, assim como a fala, é aprendida pela exposição a situações comunicativas, por isso é desejável proporcionar o contato das crianças com diferentes textos escritos, para que percebam as diferenças de estilo entre a linguagem oral e a escrita e entre os diferentes textos escritos. Para ler, as crianças devem utilizar sua experiência com o discurso de maneira a desenvolver estratégias que isolem o texto do contexto, de modo a reduzir o número de opções complexas que um texto de leitura apresenta. Ler, portanto, é lidar com a linguagem como algo em si, como um meio de expressar significados que são relativamente independentes do contexto imediato.
Em síntese, na educação Infantil as atividades devem ser planejadas com o objetivo de atender as necessidades das crianças em suas diferentes fases de desenvolvimento, de modo a contribuir para os processos de construção de sua autonomia.”
Texto de Russel Teresinha Dutra da Rosa, extraído do livro: Educação Infantil Pra que te quero? ARTMED. POA 2001.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Primeiro projeto desenvolvido. A estimulação essencial: estimulação dos sentidos no berçário
Como tudo começou... Bom o berçário foi amor à primeira vista, todos aqueles bebês, sorrisos, rotinas e a curiosidade de mundo que eu via nos olhos deles alegrava meu dia e despertava em mim a vontade de ensinar, aprender e contribuir com o desenvolvimento emocional e cognitivo deles.Sempre incentivada pela parceira, colega e diretora que me nutria de livros, revistas e mil idéias. Foi assim que comecei a escrever o primeiro projeto este que vou apresentá-las agora.
Justificativa: Observando e Pesquisando a fase de desenvolvimento dos alunos do berçário, chegamos a conclusão que para um bom desenvolvimento se faz necessário um plano de estimulação motora, cognitiva e emocional.
Desta forma, o presente projeto pretende contribuir com o trabalho de estimulação desenvolvido com crianças de 4 meses a 18 meses. Explorando os cinco sentidos: tato, visão, paladar, olfato e audição.
Definição do problema: É com intuito de oferecer a estimulação dos bebês do berçário por meio de uma sistematização de atividades utilizando como instrumento e abordagem de trabalho o livro “ O despertar do bebê “ de Janine Lévy, para que a nossa prática educativa e a ação pedagógica seja feita em conjunto com as famílias.
Originou-se da pergunta: Devemos deixar ao acaso, ao instintivo, a inspiração do momento, o cuidado de desencadear, reforçar, corrigir as aquisições motoras da criança, quando é possível – num clima de brinquedo e de segurança – aproveitar todas as ocasiões para dar-lhe os meios de progredir e adquirir autonomia?
Podemos prepará-la para dominar a posição sentada, tonificando-lhe a musculatura, para conquistar a posição de pé, fazendo com que ela perceba o papel e o apoio do pé : para andar , facilitando-lhe a busca de equilíbrio.
Não se trata de obriga - lá e menos ainda de “super - estimular” . Trata-se adaptando-nos a seu ritmo e personalidade – de favorecer-lhe o desabrochar, de deixá-la à vontade no próprio corpo, de acompanhar num certo sentido o seu desenvolvimento.
Tal modificação deverá atingir todos os gestos da vida quotidiana : o modo de carregar a criança, de trocá-la, de dar-lhe banho, comida, de brincar com ela...Será necessário aproveitar todas “ situações” para estimular e suscitar a atividade espontânea da criança .
Isso será possível se falarmos com ela, explicando-lhe o que se espera dela, apelando para a sua participação, interferindo o menos possível, procurando não perturbar sua atividade espontânea, dando-lhe tempo para mudar de posição, prolongando os movimentos que ela esboça deixando-a explorar e descobrir o seu mais bonito brinquedo: o próprio corpo.
Esta educação motora contribui não apenas para prevenir deformações , corrigir má postura e consolidar as aquisições motoras, mas é também um extraordinário fator de equilíbrio da criança – acalma –lhe a angústia e dá-lhe algo de inestimável, que é o sentimento de segurança.
Acresce a ação dos pais e educadores de mais um atrativo a tal ponto que este “ jogo do desenvolvimento” – composto de contato carnal, diálogos carinhosos, gratificações recíprocas, estímulos, - enriquece a relação adulto - criança.
A linguagem e o desenvolvimento psicomotor são à base do conhecimento, porém, acima e mais importante que tudo, é a descoberta do " eu existo". Um bebe se falasse, talvez pudesse dizer, em algum momento durante os primeiros anos de vida : "Eu descobri que existo, que tenho olhos, boca, nariz, que tenho minha barriga, que não sou um pedaço da minha mãe, nem a continuação do papai, eu sou eu, e sou assim."
Justamente isso é o que aponta a importância da educação nesse início de vida: a estruturação das bases da personalidade, o descobrir-se como pessoa, destacando o universo familiar, embora a ele ligado afetivamente, assim como a outras pessoas de suas relações próximas, como o seu educador, o adulto de referência, na escola.
Quando trabalhamos com educação infantil devemos pensar em algo primeiramente rico em experiências de base afetivo- social, produto de relações interpessoais ricas e estimulantes, entre adulto criança.
Nesses primeiros anos de vida, a criança precisa muito do adulto, e a relação que mantiver com ele será fundamental ao processo, tanto de formação de sua personalidade , quanto de aprendizagem, que é, nessa fase da vida, essencialmente de transmissão oral e de bases afetivas .
O adulto deve ser o intermediador entre a criança e o objeto de sua ação e conhecimento.
O estimulador deve agir com ele, deve brincar cooperativamente.
Todo o processo de estimulação visa a possibilitar a criança independência, auto estima, autonomia e segurança para que ela possa enfrentar novas experiências que resultaram em crescimento.
Caberá ao adulto estimulador conquistar sua confiança, observando que existem necessidades especiais como alimentação, higiene, descanso para que a ação pedagógica nesta fase possa ter um bom resultado.
A estimulação retira a criança da inércia, pelo convite á brincadeira afetivo - social com o adulto. Essa relação lúdica, de cooperação mútua, necessariamente
envolvida de linguagem , amplia o mundo de significados e de palavras o mundo de experiências intelectuais da criança, dando acesso a um universo de imagens auditivas, da fala, associadas ás situações concretas e significativas, proporcionadas pela brincadeira.
A estimulação não é apenas importante, ela é essencial ao desenvolvimento pleno e harmonioso da criança e atua sobre todas as funções psicomotoras, abrangendo até, se corretamente realizada, o desenvolvimento afetivo da criança, o incremento de sua auto - estima, visto como bem estar psicológico - afetivo, que deve ser o objetivo máximo da ação do adulto estimulador.
Para fazer esta estimulação de forma a colaborar com o desenvolvimento se faz necessário conhecer as possibilidades e limitações da fase com a qual estamos desenvolvendo nosso trabalho de estimulador.
Objetivo geral
Estimular de forma significativa e corretamente crianças entre 4 e 18 meses.
Objetivos específicos
• Verificar o desenvolvimento psicomotor, emocional, social e cognitivo de cada aluno individualmente.
• Buscar as diversas maneiras da estimulação essencial
• Observar as reações através da estimulação do tato, paladar, olfato, visão e audição.
• Massagear para que haja uma aproximação física e emocional desenvolvendo segurança, bem estar geral e crescimento físico.
• Estimular as diversas linguagens
Estudo da fase de desenvolvimento em questão.
Nessa fase entre 4 meses e 12 meses as crianças estão descobrindo o mundo através das sensações e estímulos , ao longo do primeiro ano este mundo é dominado pelas sensações trazidas pelo tato, visão, audição, paladar e olfato e todos estes momentos tem sabor de descoberta que podem ser enriquecidos pelo professor que criará espaços e desafios.
Estratégias planejadas
Pretende-se por meio de práticas estimulativas, sistematizar estimulações significativas para o processo ensino aprendizagem da criança.
• Realizar exercícios de acordo com a faixa etária
• Realizar a prática de massagem Shantala
• Realizar fichas de observação do desenvolvimento
• Estimulação dos sentidos
• Circuito de estimulação
• Aulas de música
• Hora da massagem
• Fichas de desenvolvimento dos sentidos
Atividades planejadas e pesquisadas de acordo com a fase de desenvolvimento:
Bolinha de sabão - desenvolve a visão, os detalhes, o brilho das bolinhas estimulam os movimentos visuais, além de desenvolver a coordenação motora pois os movimentos do bebê vão em direção as bolinhas, desenvolvendo a percepção visual no sentido de aparecer e desaparecer.
Lenços mágicos coloridos - estimulação visual é para o bebê um jogo visual que a estimuladora com pequenos movimentos realiza.
Para - quedas - desenvolve o tato, pois o toque do tecido no corpo conforme o balanço traz sensações para o bebê, além de estimular a visão, pois é muito colorido. Desenvolve a socialização.
Chocalho de fitas - desenvolve a visão com as várias formas e cores desenvolvem o tato por ter uma variedade de texturas das fitas, desenvolve a simulação de movimentos e a coordenação motora fina.
Brinquedos que cantam - desenvolve a audição, pois o bebê procura e localiza o som, percebendo os movimentos da estimuladora.
Bola boot - desenvolve o tato, pois ao rolar desperta sensações no bebê combinada a movimentos corporais através do balanço feito pela bola.
Brincando de pegar - desenvolve o tato pois o bebê pega vários brinquedos, visual pois todos são coloridos e a coordenação motora movimento do engatinhar para pegar, encorajar o bebê desenvolve a socialização e a auto - estima além dos movimentos eventuais que o bebê realizará para atingir seu objetivo.
Garrafas coloridas - desenvolve o tato, a audição, pois as garrafas produzem diversos sons e movimentos de cor e água.
Lanterna - desenvolve a visão, a coordenação motora através do balanço e a busca pela luz, envolve o bebê no jogo de pegar o facho de luz .
Cursando obstáculos - desenvolve o tato, a visão e a coordenação motora além de propiciar o descobrimento de ângulos no ir e vir sem bater nos objetos.
Fantoche - desenvolve o tato ao pegar os personagens e sentir suas diferentes texturas, a visão devido a várias cores e formas e a audição pelas conversas e a interação propiciada pelo objeto animal, bichinho preferido etc...
Livro de texturas - desenvolve o tato devido as várias texturas propiciadas no livro, desenvolve a coordenação motora fina, a linguagem pois a estimuladora narrara as texturas ( este é macio, oh este é áspero, e este como é????) .
Montando torre - possibilita experiência de encaixe e noção de espaço e os diferentes tamanhos, desenvolvendo o toque e a percepção visual.
Jogos de encaixe - desenvolve a memória visual, resolução de problemas e a coordenação motora fina.
Recursos:
• Rolo
• Colchão
• Brinquedos que emitem som
• Espelho
• Livro
• Bolinha de sabão
• Bolas pequenas
• Bola bobot
• Para - quedas
• Lenços coloridos
• Chocalho de fitas
• Banquinho
• Minhoca
• Óleo de massagem
• Figuras coloridas
• Livro de texturas
• Lanterna pequena
• Jogos de encaixe
• Fantoche
• Garrafas coloridas
• Lego gigante
• Chocalhos
Bibliografia
• O despertar do bebê - práticas de educação psicomotora
• O bebê - o primeiro ano de vida
• Baby play- Gymboree
• Massageie seu bebê - toques que transmitem afeto e calma
• Império dos sentidos - Suzana Lakatos
• Estimulação essencial - Creches - Gilda Rizzo
• Guia prático - meu bebê - revista abril
Categorias pesquisadas
• Estimulação essencial
• Toques do dia a dia
• Massagem
• Estimulação dos sentidos
• Musicalização
• As diversas linguagens
Inclusão - Entender para saber...
É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.
O que é?
A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.
Características Clínicas
A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome.
Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:
achatamento da parte de trás da cabeça,
inclinação das fendas palpebrais,
pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,
língua proeminente,
ponte nasal achatada,
orelhas ligeiramente menores,
boca pequena,
tônus muscular diminuído,
ligamentos soltos,
mãos e pés pequenos,
pele na nuca em excesso.
Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.
As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.
Citogenética
A maior parte dos indivíduos (95%) com trissomia do 21 tem três cópias livres do cromossomo 21; em aproximadamente 5% dos pacientes, uma cópia é translocada para outro cromossomo acrocêntrico, geralmente o 14, o 21 ou o 22. Em 2 a 4% dos casos com trissomia do 21 livre, há mosaicismo, isto é, uma linhagem de células com trissomia e uma linhagem de células normal na mesma pessoa.
Aconselhamento genético
Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.
Cuidados especiais
As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial.
Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.
Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.
Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.
Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.
Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.
Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.
Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.
Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Observar o mundo....escutar o mundo...escutar as pessoas
Quando li o livro Imagens quebradas de Miguel Arroyo não consegui interpretar o sentido total das palavras, pois eu tinha uma visão limitada sobre algumas coisas da vida, da escola, das coisas.
As formas de periodizar a vida e a definição das práticas relacionadas a cada período apresentam variações segundo os grupos sociais...A preocupação aqui é defender uma postura, uma prática sem avaliar a essência, sinto o perigo de cometer o erro ou a ignorância de reclamar, solicitar algo que no fundo não precisamos. Avaliar, de maneira ampla, ouvir as vozes do mundo...é fundamental para um professor ter a visão do todo como fala uma grande educadora...
As formas de periodizar a vida e a definição das práticas relacionadas a cada período apresentam variações segundo os grupos sociais...A preocupação aqui é defender uma postura, uma prática sem avaliar a essência, sinto o perigo de cometer o erro ou a ignorância de reclamar, solicitar algo que no fundo não precisamos. Avaliar, de maneira ampla, ouvir as vozes do mundo...é fundamental para um professor ter a visão do todo como fala uma grande educadora...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Encante-se com a educação infantil...
“Tudo o que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser, eu aprendi no Jardim de Infância.
A sabedoria não estava no topo da montanha de conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim da Infância.
Essas são algumas coisas que eu aprendi:
Dividir tudo. Ser justo. Não machucar ninguém. Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas. Arrumar a própria bagunça. Nunca pegar o que não é seu. Pedir desculpas sempre que machucar alguém. Lavar as mãos antes das refeições. Dar descarga. Leite com bolachas fazem bem para a nossa saúde. Viver uma vida balanceada: aprender um pouco, pensar um pouco, desenhar um pouco, dançar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias.
Tirar uma soneca todas as tardes.
Quando sair na rua, olhar os carros, dar as mãos e ficar junto.
Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para baixo e as folhas para cima e ninguém sabe com certeza como ou por que, mas todos nós somos exatamente como ela.
Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até mesmo a sementinha de feijão no potinho de Danone – todos morrem – assim como nós.
E então, lembre-se dos livros do Chapeuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu. As maiores de todas: Mamãe e Papai.
Tudo o que você precisa saber está lá, em algum lugar. Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade. Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras de linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro. Pense como o mundo seria melhor, se todos nós – o mundo inteiro – tomássemos leite com bolachas as três horas da tarde, todas as tardes, e depois, deitássemos com nossos travesseiros no sofá da sala, para uma soneca.
Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também, sempre arrumar suas próprias bagunças.
E continua verdade, não importa sua idade, quando sair para o mundo, dê as mãos e fique junto.”
Escolas e exposições visitadas
Alguns princípios da Educação Infantil
“O trabalho pedagógico na educação infantil diferencia-se de acordo com a faixa etária e processo de construção progressiva de autonomia por parte da criança.
È parte dos processos de ensino-aprendizagem a investigação das concepções e representações das crianças, considerando-se as características da faixa etária e as especificidades socioculturais do grupo e os ritmos de cada indivíduo. Para isso é preciso que o adulto observe, interprete e registre as ações e reações das crianças com a finalidade de descobrir o que é significativo para elas e as lógicas de suas práticas cotidianas.
As atividades dedicadas as crianças de zero a um ano precisam considerar a sua grande dependência em relação ao adulto e, portanto a necessidade de interações individualizadas adulto-criança, nos momentos de explorar o próprio corpo através de movimentos e da experiência de diferentes sensações no contato com os objetos. Nessa fase inicial o ambiente precisa ser aconchegante, mas apresentar, também alguns desafios através da diversidade de materiais que irão mediar a relação e as brincadeiras entre o adulto e a criança.
As crianças de um a dois anos já poderão participar de algumas atividades em grupo, mas ainda têm necessidade de atenção individualizada por parte do adulto. Nessa fase é fundamental pensar em atividades que proporcionem o desenvolvimento motor e o desenvolvimento da linguagem, como, por exemplo, imitar os movimentos e os sons produzidos por diferentes animais. Aqui, o adulto precisa estar atento para o significado da fala das crianças, que se confunde com as ações e os gestos. Ainda é importante considerar que o tempo de concentração em cada atividade é muito pequeno, sendo necessária uma variedade de propostas na rotina cotidiana.
De dois a quatro anos iniciam os jogos simbólicos, as brincadeiras de faz-de-conta e uma maior desenvoltura motora das crianças para a exploração do ambiente e dos objetos. Nessa fase já é possível organizar as primeiras rodinhas para comunicação e representação como, por exemplo, fazer mímicas para imitar outros seres vivos, além de desenhar, pintar, modelar, ler histórias infantis, ouvir e cantar algumas músicas. Nesse período as crianças começam a tomar algumas decisões por conta própria, como escolher alimentos e roupas e, também, se alimentar e se vestir sozinhas.
Nessa época, as crianças começam a se dar conta das diferenças entre as coisas e as suas representações através de desenhos, histórias, etc. A interação da criança com o mundo se dá, portanto, no plano da ação e no plano simbólico, através da fala, do jogo e da imitação. A passagem do plano da ação para o plano da representação se dá através da linguagem. As representações são condições para as operações mentais. As ações são interiorizadas e reconstruídas pelas representações. Ao tomar consciência das ações, o sujeito representa o real. Para isso, é importante valorizar o faz-de-conta, as imitações, os desenhos, as histórias, a fala, as narrativas, etc. Além disso, a autonomia se constitui através da responsabilidade em realizar tarefas e em cumprir compromissos com o grupo. Um espaço importante é o do planejamento coletivo, isto é, das decisões em grupo sobre as atividades cotidianas.
Dos quatro aos seis anos, é possível investir nas atividades cooperativas que requerem negociações permanentes. Nesse período começam a se estabelecer as regras de convivência, sendo o momento privilegiado para o desenvolvimento de atividades a partir dos temas e das metodologias oriundas das diferentes áreas do conhecimento. Para tanto, é importante a observação dos interesses e das necessidades das crianças, através da oferta de materiais variados e da proposição de atividades diferentes simultaneamente para que elas possam realizar algumas escolhas. Aqui a atividade simbólica começa a tornar-se mais complexa nas brincadeiras de faz-de-conta e nas dramatizações.
É importante considerar que a diferenciação entre o desenho e escrita começa a ser construída nessa época. Além disso, a escrita, assim como a fala, é aprendida pela exposição a situações comunicativas, por isso é desejável proporcionar o contato das crianças com diferentes textos escritos, para que percebam as diferenças de estilo entre a linguagem oral e a escrita e entre os diferentes textos escritos. Para ler, as crianças devem utilizar sua experiência com o discurso de maneira a desenvolver estratégias que isolem o texto do contexto, de modo a reduzir o número de opções complexas que um texto de leitura apresenta. Ler, portanto, é lidar com a linguagem como algo em si, como um meio de expressar significados que são relativamente independentes do contexto imediato.
Em síntese, na educação Infantil as atividades devem ser planejadas com o objetivo de atender as necessidades das crianças em suas diferentes fases de desenvolvimento, de modo a contribuir para os processos de construção de sua autonomia.”
Texto de Russel Teresinha Dutra da Rosa, extraído do livro: Educação Infantil Pra que te quero? ARTMED. POA 2001.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Fita verde no cabelo...Contribuição Luana Borba
"HAVIA UMA ALDEIA em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos uma menininha, a que por enquanto. Aquela um dia, saiu de lá, com uma fita verde inventada no cabelo.
Sua mãe mandara-a com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita-Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continuava doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar franboesa.
Daí, que, indo no atravessar o bosque, viu só os lenhadores que por lá lenhavam, mas o lobo nenhum, desconhecido nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então, ela mesma era quem se dizia: “Vou à vovó com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou.” A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra, também vindo-lhe correndo em pós. Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebéinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto por elas passa. Vinha sobejamente. Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela toque, toque, bateu:
- Quem é?
- Sou eu... – Fita- Verde descansou a voz – Sou sua linda netinha, com cesto e pote, com fita verde no cabelo, que a mamãe me mandou.
Vai, a avó, difícil disse:
- Puxa i ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus te abençoe.
Fita-Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama rebuçada e só. Devia, para falar agagado e fraco e rouco assim, de ter apanhado um defluxo. Dizendo:
- Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo.
Mas agora Fita-Verde se assustava além de entristecer-se de ver que perdera sua grande fita verde no cabelo atada, e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
- Vovozinha, que braços tão magros os seus, e que mãos tão tremenstes!
- É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta... – a avó murmurou.
- Vovozinha, mas que lábios tão arrocheados!
- É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta...- a avó suspirou.
- Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado e pálido?
- É porque já não te estou vendo, nunca mais, minha netinha... – avó ainda gemeu.
Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez...
Gritou:- Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo".
(ROSA, Guimarães in Fita Verde no Cabelo)
Motivo do nome (do blog): "(...) Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez...Gritou: - Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!" Com uma leitura cuidadosa e degustativa, apenas desse pequeno trecho que adoro, é possível perceber a força que tem essa última frase...nos últimos anos e nos últimos meses e dias, ela têm ecoado, volta e meia. Em momentos de solidão, me lembro da menina desesperada e assutada diante da morte, diante da morte da avó e repito baixinho "vovozinha, eu tenho medo do Lobo". Talvez esse lobo seja um ser camaleão...ora solidão, ora tristeza, ora maturidade. Medo de ficar sozinha, medo de ser triste, medo de amadurecer. Porque a solidão traz a certeza de que há momentos que só você mesmo pode te escutar e dar conselhos, só você pode ser seu amigo verdadeiro...isso dá medo. Porque a tristeza por vezes vem acompanhada de inércia. Isso dá medo. Porque a maturidade só acontece com aprendizado e dor. Lágrimas que semeiam o solo, diria uma amiga-irmã.
Sua mãe mandara-a com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita-Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continuava doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar franboesa.
Daí, que, indo no atravessar o bosque, viu só os lenhadores que por lá lenhavam, mas o lobo nenhum, desconhecido nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então, ela mesma era quem se dizia: “Vou à vovó com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou.” A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra, também vindo-lhe correndo em pós. Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebéinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto por elas passa. Vinha sobejamente. Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela toque, toque, bateu:
- Quem é?
- Sou eu... – Fita- Verde descansou a voz – Sou sua linda netinha, com cesto e pote, com fita verde no cabelo, que a mamãe me mandou.
Vai, a avó, difícil disse:
- Puxa i ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus te abençoe.
Fita-Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama rebuçada e só. Devia, para falar agagado e fraco e rouco assim, de ter apanhado um defluxo. Dizendo:
- Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo.
Mas agora Fita-Verde se assustava além de entristecer-se de ver que perdera sua grande fita verde no cabelo atada, e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
- Vovozinha, que braços tão magros os seus, e que mãos tão tremenstes!
- É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta... – a avó murmurou.
- Vovozinha, mas que lábios tão arrocheados!
- É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta...- a avó suspirou.
- Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado e pálido?
- É porque já não te estou vendo, nunca mais, minha netinha... – avó ainda gemeu.
Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez...
Gritou:- Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo".
(ROSA, Guimarães in Fita Verde no Cabelo)
Motivo do nome (do blog): "(...) Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez...Gritou: - Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!" Com uma leitura cuidadosa e degustativa, apenas desse pequeno trecho que adoro, é possível perceber a força que tem essa última frase...nos últimos anos e nos últimos meses e dias, ela têm ecoado, volta e meia. Em momentos de solidão, me lembro da menina desesperada e assutada diante da morte, diante da morte da avó e repito baixinho "vovozinha, eu tenho medo do Lobo". Talvez esse lobo seja um ser camaleão...ora solidão, ora tristeza, ora maturidade. Medo de ficar sozinha, medo de ser triste, medo de amadurecer. Porque a solidão traz a certeza de que há momentos que só você mesmo pode te escutar e dar conselhos, só você pode ser seu amigo verdadeiro...isso dá medo. Porque a tristeza por vezes vem acompanhada de inércia. Isso dá medo. Porque a maturidade só acontece com aprendizado e dor. Lágrimas que semeiam o solo, diria uma amiga-irmã.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Este video tem a minha contribuição!
Nos três primeiros anos de vida muitas das conexões do cérebro são formadas. E os estímulos que a criança recebe nesse período vão determinar quem ela será no futuro.
A reportagem conta com a participação de especialistas que abordam pesquisas cientificas sobre os estímulos recebidos na primeira infância e como isto influência no desenvolvimento do cérebro como um todo e para toda uma vida.
http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1036784-16022,00-ESTIMULOS+AJUDAM+NO+DESENVOLVIMENTO+DA+CRIANCA.html
A reportagem conta com a participação de especialistas que abordam pesquisas cientificas sobre os estímulos recebidos na primeira infância e como isto influência no desenvolvimento do cérebro como um todo e para toda uma vida.
http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1036784-16022,00-ESTIMULOS+AJUDAM+NO+DESENVOLVIMENTO+DA+CRIANCA.html
Série Primeiros Passos Jornal Hoje http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,LS0-16028-61738,00.html
Mesmo participando de algo que já havia feito muitas vezes, participar nacionalmente me fez rever assuntos e sistematizar conhecimento.Reavaliar pontos pensando sempre em melhorar. Uma espécie de avaliação da prática...foi e esta sendo muito bom participar da série...acompanhe pela internet as gravações no site do jornal hoje - séries especiais...Primeiros passos
Começa assim: o bebê chora e os pais cedem à tentação de oferecer a chupeta para acalmar a criança. Depois, vem a mamadeira que substitui o peito da mãe. O problema é a etapa seguinte: convencer os filhos a abandonar tudo isso.
Rafaela nem nasceu e já ganhou chupeta. No chá de bebê, a mamadeira foi presente da vovó. “Acalma o bebê e ajuda na hora de dar a alimentação para a criança”, diz a avó, Dulcemar Pacheco. A mãe, a supervisora educacional Fernanda Furtado, faz uma ressalva: “Só não queria que você desse até os 7 anos de idade, como fez comigo!”.
Fernanda tem medo que a filha sofra com problemas que ela mesma já enfrentou: “Tive problemas respiratórios, na arcada dentária...”, ela lembra.
O melhor mesmo é não usar nem uma nem outra. “A chupeta e a mamadeira desencorajam o bebê a sugar no peito”, explica o pediatra Remaclo Fischer. A criança tem que fazer mais esforço para tomar o leite no peito, e com isso ela começa a querer mais mamadeira. “A mamadeira é uma causa de abandono ao aleitamento materno”, alerta o médico.
A empresária Jeane Moura diz que nunca gostou da idéia de dar mamadeira ou chupeta para o filho, mas não conseguiu evitar: “Eu era contra, até chorei quando dei a chupeta para ele. Na maternidade, ele não parava de chorar e minha mãe falou: ‘olha, acho que a única solução é um bico’”.
Hoje, Davi está com 2 anos e meio e tem uma coleção de chupetas. “Ele tem umas 20 chupetas, uma em cada canto da casa, exatamente para a gente não estar numa situação em que ele chora e não tem nenhuma perto. A gente já passou muito por isso”, explica Jeane.
Para a criança que ainda mama no peito, é mais fácil ficar longe da chupeta. “A grande maioria dos bebês não precisa de chupeta. Só o fato de a mãe amamentar no peito já satisfaz 100% a necessidade de sucção do bebê”, afirma o médico pediatra Cecim El Achkar.
Pesquisas mostram que 70% das mães usam a chupeta para tentar tranqüilizar o filho, mas é preciso tomar cuidado. Para tomar esta decisão, é preciso observar o comportamento da criança. “Em situações em que a criança chora muito, mama com muita freqüência e em que exista uma dificuldade imensa em consolar o choro, eventualmente a chupeta pode ser utilizada. Mas em um tempo muito curto”, reforça Remaclo Fischer. Neste caso, é preciso escolher com atenção. O modelo anatômico, que segue o formato da boca, é o mais indicado.
Só não se pode mesmo banalizar o uso da chupeta. O resultado do exagero aparece com o tempo: “O principal deles é a mordida aberta, onde fica um espaço entre os dentes superiores e inferiores, um buraquinho com o formato normalmente da chupeta”, explica a ortodentista Alicéia Locks Menezes. “Mas pode causar inclusive problemas respiratórios, porque a criança passa a respirar pela boca”.
Para os pais que não conseguiram evitar, o melhor é tirar a chupeta do filho o mais cedo possível. Geralmente, entre oito meses e 1 ano de idade começam a aparecer os primeiros dentinhos da criança; é o momento ideal para dar adeus ao bico. “Os pais devem eleger alguns horários para a retirada. Por exemplo: dar a chupeta só para o bebê dormir”, ensina a pedagoga Karine Rodrigues Ramos.
Quem usa mamadeira também deve parar nessa fase. Mamar na hora de dormir pode estragar o sorriso da criança. “O leite fica o leite parado em torno dos dentes, principalmente os superiores e daí acontece a cárie. É uma cárie muito aguda, muito rápida, que destrói completamente os dentes e dá muita dor”, alerta a ortodentista Menezes.
Criar os filhos sem mamadeira e sem chupeta pode parecer difícil para muita gente, mas a analista de sistemas Gicele Vieira da Cunha e o marido são um exemplo de que isso é possível. Vítor já tem 4 anos e acha estranho quando vê outra criança de chupeta na boca.
A irmã de Vitor, aos oito meses, também nunca usou chupeta e só mama no peito. Trabalhar o dia inteiro não foi desculpa para dar a mamadeira: Gicele oferece o seio pela manhã e à noite. Os especialistas dizem que é o suficiente; nessa idade, a criança não precisa de outro leite – basta complementar a alimentação com frutas e papinha durante o dia.
E quando a menina chora? Aí, os pais buscam respostas para atender a filha. “Nós damos colo, atenção, a gente vê se não é a fralda ou a fome, né?”, explica Gicele. Muitas vezes a solução é mais simples do que se pensa.
sábado, 22 de agosto de 2009
Desfralde...
O controle das fezes e da urina talvez seja uma das primeiras cobranças externas de socialização, constituindo - se em momentos de muita ansiedade para os adultos, que, por vezes obrigam as crianças a permanecerem longos períodos no penico até que façam suas necessidades fisiológicas. É preciso lembrar mais uma vez que não devemos estabelecer uma idade rígida para que isto se dê. Geralmente a capacidade de controlar o xixi e o cocô começa por volta dos dois anos, ou mesmo antes, para algumas crianças.
Cabe à escola estabelecer algumas combinações com a família para a tirada da fralda e a introdução do uso do penico, pois o ideal é que isto se dê de forma conjugada - tanto na escola quanto na família.
· Tirar a fralda no final de semana e fazer um relatório dos horários observados durante estes dois dias.
· Uma vez retirada a fralda, independentemente do local onde a criança vá o uso da fralda é proibido, pois isto pode confundir a criança.
È preciso ter cuidado em colocar as crianças por muito tempo no penico, ou brigar com ela, expondo-as até mesmo ao ridículo pelo fato de não terem conseguido se controlar, pode ser considerado maus tratos.
Esta atitude de incompreensão e intolerância do adulto pode trazer sérias conseqüências de ordem psicológica para a criança.
Em alguns casos há uma inibição não só pela recusa de ir ao banheiro, ou a criança ficar por dias sem fazer suas necessidades, não querendo passar de novo por alguma situação constrangedora.
Na fase de adaptação ao penico é bom que os pais deixem a criança a vontade para, até mesmo, utilizar o vaso sanitário se a criança assim desejar.
É comum também que a criança se esqueça ou não tenha tempo de correr até o penico. Quando isto ocorre, cocô ou xixi é feito na roupa mesmo. Mas nada de bronca porque isso é super normal, por este motivo os pais devem estar preparados com várias roupas quando saírem de casa ou quando a criança for para a escola.
Por volta dos dois anos e meio, a criança começa a fazer uso regularmente do penico, pois é nesta fase aproximadamente que a fala e a conduta representativa ( função simbólica )confirmam uma nova relação com o real, que emancipará a inteligência no quadro perceptivo mais imediato.
Ou seja, ao falarmos a palavra xixi ou cocô a criança reconhecerá imediatamente do que se trata, sem que precisemos mostrar o objeto a ela.
Mas qual será o melhor momento de apresentá-lo ao vaso sanitário? Os especialistas recomendam que, semanas após o início do desfralde, os pais comecem a explorar o vaso.
Pela altura procure improvisar um degrau e fique sempre por perto para que a criança não tenha medo de cai.
O importante é que os pais não imponham que transformem esta atividade em um momento de descoberta para a criança.
A ansiedade dos pais com relação a retirada das fraldas da criança pode ser encarada, pela criança, como uma tentativa de pressioná-la e isso, geralmente, causa um retrocesso no processo. O melhor é não pressionar pois quanto mais se exige da criança, mais fixada ela fica nesta fase, não conseguindo fazer a transição.
Dicas :
· Quando os pais sabem quais os horários em que a criança costuma fazer suas necessidades, fica mais fácil para deixá-la mais a vontade para utilizar o penico.
· Fique sempre por perto, e explique pausadamente, com tranqüilidade.
· Se a criança quiser dar descarga não hesite. Será parte do aprendizado.
· Enfoque as vantagens de utilizar o penico. Sem a colaboração da criança, fica impossível. È preciso estimula – lá a perceber que este é um passo importante para ela.
· Fisiologicamente, a criança já esta preparada para deixar as fraldas, mas o aspecto emocional deve ser trabalhado, pois ainda é considerada um bebê e, ao mesmo tempo, está entrando na meninice. “ Ela quer as vantagens das duas etapas “.
· Lembre-se até então, existia um tratamento permissivo – o cocô era feito na calça, agora os pais impõem regras e são vistos como pessoas que proíbem, impõem limites, fazer cocô na calça pode representar a agressão aos pais, por isso, deve-se evitar usar braço de ferro com a criança para que ela utilize o penico.
Karine Rodrigues Ramos.
Especialista em educação infantil.
Fonte Sônia Kramer
Livro Educação Infantil pra que te quero?
Cabe à escola estabelecer algumas combinações com a família para a tirada da fralda e a introdução do uso do penico, pois o ideal é que isto se dê de forma conjugada - tanto na escola quanto na família.
· Tirar a fralda no final de semana e fazer um relatório dos horários observados durante estes dois dias.
· Uma vez retirada a fralda, independentemente do local onde a criança vá o uso da fralda é proibido, pois isto pode confundir a criança.
È preciso ter cuidado em colocar as crianças por muito tempo no penico, ou brigar com ela, expondo-as até mesmo ao ridículo pelo fato de não terem conseguido se controlar, pode ser considerado maus tratos.
Esta atitude de incompreensão e intolerância do adulto pode trazer sérias conseqüências de ordem psicológica para a criança.
Em alguns casos há uma inibição não só pela recusa de ir ao banheiro, ou a criança ficar por dias sem fazer suas necessidades, não querendo passar de novo por alguma situação constrangedora.
Na fase de adaptação ao penico é bom que os pais deixem a criança a vontade para, até mesmo, utilizar o vaso sanitário se a criança assim desejar.
É comum também que a criança se esqueça ou não tenha tempo de correr até o penico. Quando isto ocorre, cocô ou xixi é feito na roupa mesmo. Mas nada de bronca porque isso é super normal, por este motivo os pais devem estar preparados com várias roupas quando saírem de casa ou quando a criança for para a escola.
Por volta dos dois anos e meio, a criança começa a fazer uso regularmente do penico, pois é nesta fase aproximadamente que a fala e a conduta representativa ( função simbólica )confirmam uma nova relação com o real, que emancipará a inteligência no quadro perceptivo mais imediato.
Ou seja, ao falarmos a palavra xixi ou cocô a criança reconhecerá imediatamente do que se trata, sem que precisemos mostrar o objeto a ela.
Mas qual será o melhor momento de apresentá-lo ao vaso sanitário? Os especialistas recomendam que, semanas após o início do desfralde, os pais comecem a explorar o vaso.
Pela altura procure improvisar um degrau e fique sempre por perto para que a criança não tenha medo de cai.
O importante é que os pais não imponham que transformem esta atividade em um momento de descoberta para a criança.
A ansiedade dos pais com relação a retirada das fraldas da criança pode ser encarada, pela criança, como uma tentativa de pressioná-la e isso, geralmente, causa um retrocesso no processo. O melhor é não pressionar pois quanto mais se exige da criança, mais fixada ela fica nesta fase, não conseguindo fazer a transição.
Dicas :
· Quando os pais sabem quais os horários em que a criança costuma fazer suas necessidades, fica mais fácil para deixá-la mais a vontade para utilizar o penico.
· Fique sempre por perto, e explique pausadamente, com tranqüilidade.
· Se a criança quiser dar descarga não hesite. Será parte do aprendizado.
· Enfoque as vantagens de utilizar o penico. Sem a colaboração da criança, fica impossível. È preciso estimula – lá a perceber que este é um passo importante para ela.
· Fisiologicamente, a criança já esta preparada para deixar as fraldas, mas o aspecto emocional deve ser trabalhado, pois ainda é considerada um bebê e, ao mesmo tempo, está entrando na meninice. “ Ela quer as vantagens das duas etapas “.
· Lembre-se até então, existia um tratamento permissivo – o cocô era feito na calça, agora os pais impõem regras e são vistos como pessoas que proíbem, impõem limites, fazer cocô na calça pode representar a agressão aos pais, por isso, deve-se evitar usar braço de ferro com a criança para que ela utilize o penico.
Karine Rodrigues Ramos.
Especialista em educação infantil.
Fonte Sônia Kramer
Livro Educação Infantil pra que te quero?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
É tudo de bom...
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