segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Equipe...


Sempre tenho ações deste tipo, porém, algumas pessoas me interpretam de metida...ultimamente ando me controlando para tentar evitar rótulos,isto porque sempre acabo me magoando com algumas pessoas.Fiquei feliz de saber que uma empresa tão bem sucedida também pense assim...PENSO que nem tudo está perdido e que eu não sou tão metida assim...

História usada na MERCER HUMAN RESOURCES, a maior do mundo na Área de RH, em reuniões sobre ‘Trabalho em Equipe’. Contribuição Alexsandra Nessi
RATOEIRA
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos – Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.
‘O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe’

domingo, 29 de agosto de 2010

Constance Kamii




Nossas aulas de matemática estão superando minhas expectativas. A participação da colega especialista Fernanda Alves despertou em minhas alunas a paixão adormecida por esta disciplina. Agora, aprofundando o assunto, nada melhor que ler a Constance Kamii...tenho certeza que a leitura será prazerosa.
A Linguagem dos Números: Ingresso na Arte da Matemática
Renata Lefevre

Desde muito pequenas, as crianças participam de uma série de situações que envolvem números, relações entre quantidades e noção de espaço, devido as necessidades práticas da vida diária. O profissional de educação infantil deve instrumentalizar seus alunos para que descubram o que significam, como funcionam os números e possam operar com eles, avançando cada vez mais em suas hipóteses sobre esse sistema de representação.

Quais são os conteúdos a serem trabalhados na área da matemática ?

Acredito ser importante o educador conhecer a distinção estabelecida por Piaget entre três tipos de conhecimento, considerando suas fontes básicas e seu modo de estruturação: conhecimento físico, conhecimento lógico-matemático e conhecimento social.

Conhecimento físico - é o conhecimento dos objetos da realidade externa. A cor e o peso são exemplos de propriedades físicas e podem ser conhecidas pela observação (a fonte do conhecimento é parcialmente externa ao indivíduo).

Conhecimento lógico-matemático - coordenação de relações criada mentalmente por cada indivíduo entre os objetos (fonte do conhecimento lógico-matemático é interna).

Conhecimento social - possui natureza amplamente arbitrária, ou seja, não existe uma relação lógica ou física entre o objeto e o conhecimento deste objeto (fonte do conhecimento parcialmente externa ao indivíduo). É construído no meio social que a criança vive.

Tendo uma visão clara destes três tipos de conhecimento, o educador pode perceber a qual deles pertence o conteúdo que pretende trabalhar e estabelecer os objetivos, encaminhamentos e ou intervenções coerentes com a fonte do mesmo. Para o conhecimento social, deve propor atividades que promovam o contato com o conteúdo ou a troca de informações sobre o mesmo, não pretendendo que o aluno construa este conhecimento só pela lógica. Para os conhecimentos físico e lógico-matemático deve criar situações que possibilitem a descoberta das características dos objetos e a construção de relações entre os mesmos.

Dificilmente um conteúdo pode ser considerado como pertencente a somente um dos tipos de conhecimento. Cito como exemplo a construção do número; as palavras um, dois, três, são exemplos de conhecimento social, portanto ensináveis diretamente. Contudo, a idéia subjacente de número pertence ao conhecimento lógico-matemático que é construído internamente. Analisando o conteúdo que pretende trabalhar e percebendo estas diferenças, o professor saberá distinguir o momento de responder (dar uma devolução) ou instigar o aluno a pensar mais sobre o conhecimento em questão e criar uma nova resposta para ele mesmo (utilizar uma intervenção).

Como trabalhar estes conteúdos ?

Estes conteúdos podem ser organizados em três eixos:

1-Aprender resolvendo problemas

Entende-se como problema qualquer situação para a qual os conhecimentos imediatos que a criança possui não são suficientes e que a coloca diante de um desafio, que exigirá busca de procedimentos e a construção de novos saberes.

Fazer matemática é expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar o seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas. Nesta perspectiva, a criança está sempre tomando decisões, sendo produtora de conhecimento e não apenas executora de instruções. O ensino da matemática tem um enorme potencial de iniciar a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria.

Reconhecer a adequação de uma dada situação para a aprendizagem, tecer comentários, formular perguntas, suscitar desafios, incentivar a verbalização pela criança, são atitudes indispensáveis ao educador. Representam vias a partir das quais o conhecimento matemático vai sendo elaborado por ela.

Situações problema do cotidiano, espontâneas ou planejadas, servem para incentivar o raciocínio lógico que não é diretamente ensinável (fonte interna). Estas situações tem como principal objetivo encorajar constantemente a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações.

Situações espontâneas - momentos nos quais as crianças sentem necessidade ou interesse de resolver um problema que surgiu ao acaso, como: divisão do lanche, situações de conflito, arrumação de objetos para uma brincadeira ou quando são desordenados acidentalmente, organização da sala e outras.

Situações planejadas (inclusive a criança ou grupo que irá executar a tarefa) - distribuição de materiais, divisão de objetos, coleta, manutenção de quadros de registro, arrumação da sala, votação e outros.

Problemas planejados pela professora e colocados para as crianças resolverem (Roland Charnay) - a atividade de resolução de problemas está intimamente ligada a ciência matemática." Fazer matemática é resolver problemas !". O professor propõe e organiza uma série de situações com diferentes obstáculos (variedades didáticas dentro destas situações) e organiza as diferentes fases - investigação, formulação, validação e institucionalização. Propõe o momento adequado para cada uma destas fases e elementos convencionais do saber (notações, terminologia). O aluno ensaia, busca, propõe soluções, confronta-as com a de seus colegas, defende-as e as discute.

Os problemas devem ser vistos como instrumento de elaboração do saber. É principalmente através da resolução de uma série de problemas escolhidos pelo professor que o aluno constrói seu saber, em interação com os outros alunos. O que dá sentido aos conceitos ou teorias são os problemas que estes ou estas permitem resolver.

As atividades de resolução de problemas devem ser criteriosamente planejadas, a fim de que estejam contextualizadas, remetam a conhecimentos prévios, exijam ampliação de repertório e se mostrem como uma necessidade que justifique a busca de novas informações.

Nestas ocasiões espontâneas ou planejadas, o objetivo do professor não é ensinar a criança a raciocinar acertadamente, e, sim, intervir de acordo com aquilo que parece estar sucedendo na cabeça da criança. É através do pensamento que a criança constrói as estruturas mentais que garantem o desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático.

As intervenções podem acontecer no ato da resolução do problema ou através de novas atividades a serem definidas no planejamento.

2-Aprender as informações sobre a linguagem matemática e sua utilização no meio social (fonte parcialmente externa).

O conhecimento social deve ser transmitido, socializado. O educador deve garantir o contato com o sistema de numeração nas suas diversas formas e funções sociais, através da linguagem oral (ex:: contagem), do calendário, do número de sapato, da residência, do uso de dinheiro, das medidas , gráficos e outros.

3-Aprender através do jogo - o jogo proporciona um contexto excelente para o pensamento em geral e para comparação de quantidades.

O jogo tem uma amplitude que vai para além dos conteúdos de matemática ou qualquer outra área de conhecimento. Cumpre uma dupla função: a lúdica e a educativa, aliando à finalidade do divertimento e prazer outras, como desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, manifestadas em um grande número de competências: tomada de decisões; representações mentais e simbólicas; escolha de estratégias; ações sensório motoras; interações; observação e respeito às regras.

O que é um jogo? Para Kamii o jogo é uma atividade que implica uma interação entre os elementos do grupo de acordo com uma regra estabelecida que especifique: um clímax preestabelecido (objetivo) e o que cada jogador deve tentar fazer em papéis que são interdependentes, opostos e cooperativos.

Ex: Esconde-esconde:

Clímax - achar/ser achado, não achar/ não ser achado.
Papéis - de quem esconde, quem procura.
São papéis interdependentes, porque um não existe sem o outro.
São papéis opostos, porque um impede que o outro alcance seu objetivo.
São papéis de colaboração, porque o jogo não pode acontecer sem que os jogadores concordem mutuamente e cooperem seguindo às regras estabelecidas e aceitando suas conseqüências.

O bom jogo não é aquele que necessariamente a criança pode dominar "corretamente". O importante é que a criança possa jogar de maneira lógica e desafiadora, com condições de confrontar pontos de vista, refletir sobre sua ação e pensar como jogar de outras maneiras.

É uma prática que auxilia a construção ou potencialização dos conhecimentos e oferece condições para a aprendizagem matemática e outras áreas de conhecimento. Mas, a dimensão lúdica do jogo jamais deve ser excluída ou posta em segundo plano, sendo preservadas a disposição e intencionalidade da criança brincar.

Como o professor pode escolher um bom jogo para o seu grupo ?

Para responder a esta questão, resgato a sugestão de Kamii. Para avaliar se o jogo é interessante e desafiador o professor deve se colocar as seguintes questões:

1- Quais os conteúdos necessários para compreender a essência de um determinado jogo ?
2- Quais os conhecimentos prévios dos meus alunos em relação a estes conteúdos ?
3- O que já sabem está próximo do que precisam saber para disputar o jogo plenamente ?
4- Será o jogo suficientemente interessante e difícil para desafiá-los ?
5- Quais jogos os meus alunos já sabem ?
6- O jogo novo tem algo de parecido com os jogos que já conhecem para que possam estabelecer relações ?

Estas questões fazem com que o professor tome a perspectiva da criança, podendo avaliar o grau de interesse que cada jogo provavelmente terá para cada aluno ou grupo de alunos.

Numa segunda etapa, será preciso apresentar o jogo escolhido para as crianças e observar, para constatar se realmente é adequado ou não.

Após algum tempo de uso, as crianças devem ser capazes de realizar as jogadas sozinhas, sem a intervenção constante da professora.

Outro ponto a ser observado é se o jogo permite que a própria criança possa avaliar seu desempenho. Quando a criança tenta obter um resultado, está naturalmente interessada no sucesso de sua ação. O resultado deve ser claro a ponto de possibilitar que a criança avalie seu sucesso sem margem de dúvida. É preciso evitar qualquer situação de ambivalência para que face a um resultado falho, a criança possa julgar onde errou e exercitar sua inteligência para superar suas faltas. A resposta correta não deve ser imposta pela professora. Deve ser constatada pela própria criança, que busca esta resposta de maneira ativa.

Finalmente, o último ponto implica observar a participação ativa de todos os jogadores e perceber a capacidade de envolvimento decorrente do nível de desenvolvimento de cada um. Esta participação tem que ser contínua, agindo, observando ou pensando.

A participação ativa está relacionada à atividade mental e envolvimento do ponto de vista da criança. Para uma criança pequena, a participação ativa geralmente significa atividade física. Posteriormente, tendem a se preocupar apenas com o que elas mesmas fazem, a sua jogada. Na fase seguinte, começam a observar e se envolver na ação dos outros colegas e podem ficar na roda com interesse, pois estão mentalmente envolvidas e criando estratégias para alcançar o objetivo do jogo.

O objetivo final em relação ao trabalho com o jogo é que a criança perceba a interdependência, oposição, colaboração de papéis e que desenvolva sua capacidade de colaboração.

Como avaliar o desempenho das crianças em relação a matemática ?

Os instrumentos de avaliação na área da matemática na educação infantil são o diálogo e a observação. As respostas das crianças para explicar seus pontos de vista e as condutas escolhidas por elas para resolverem seus problemas são indícios que auxiliam a compreender como estão pensando, o que já sabem e que significados atribuiriam aos conteúdos trabalhados pelo professor. As informações colhidas durante esse processo contínuo de avaliação servem para orientar o professor a planejar sua ação educativa de uma forma que atenda às necessidades de um determinado grupo de alunos em um determinado momento.

O educador deve manter o olhar atento ao desenvolvimento individual e do grupo que está trabalhando no momento, pois as crianças percorrem caminhos parecidos, mas em velocidades diferentes, de acordo com o meio em que vivem e principalmente dos estímulos que recebem dos adultos que as cercam. O desenvolvimento infantil não é linear, as crianças avançam, aparentemente param ou recuam, conforme seu estado emocional ou pela necessidade de rever uma hipótese para aprimorá-la. É conhecendo bem o seu grupo que o professor saberá se determinado conteúdo é adequado ou não.



Bibliografia
KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da teoria de Piaget. São Paulo: Trajetória Cultural.
KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Papirus.
PARRA, Cecília. Didática da matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artes Médicas.
MACEDO, Lino de. A importância dos jogos de regras para a construção do conhecimento na escola. Universidade de São Paulo/Instituto de Psicologia/Laboratório de Psicopedagogia.
Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil - MATEMÁTICA.
Mesmo após 25 anos da publicação da primeira edição de A Criança e o Número (128 págs., Ed. Papirus, tel. 19/3272-4500, 30,90 reais), algumas questões levantadas pela autora, Constance Kamii, permanecem atuais e devem ser estudadas pelos educadores que trabalham com a Educação Infantil.

O livro aborda os processos envolvidos na construção do conceito de número pelas crianças e ajuda o professor a observar como elas pensam a fim de entender a lógica existente nos erros.
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Com propriedade, Constance defende que, diferentemete do que algumas interpretações indicam, desenvolver e exercitar os aspectos lógicos do número com atividades pré-numéricas (seriação, classificação e correspondência termo a termo) é uma aplicação equivocada da pesquisa de Jean Piaget (1896-1980). Na realidade, o cientista suíço tinha preocupações epistemológicas e não didáticas. Sabe-se que as noções numéricas são desenvolvidas com base nos intercâmbios dos pequenos com o ambiente e, portanto, não dependem da autorização dos adultos para que ocorram. Ninguém espera chegar aos 6 anos para começar a perguntar sobre os números...

O texto enfatiza que uma criança ativa e curiosa não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afi rmar que é com o uso do número, da análise e da refl exão sobre o sistema de numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito.

Também merecem destaque algumas posturas que o professor deve levar em conta ao propor atividades numéricas, como encorajar as crianças a colocar objetos em relação, pensar sobre os números e interagir com seus colegas.

Priscila Monteiro, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10

Trecho do livro
"Quando ensinamos número e aritmética como se nós, adultos, fôssemos a única fonte válida de retroalimentação, sem querer ensinamos também que a verdade só pode sair de nós. Então a criança aprende a ler no rosto do professor sinais de aprovação ou desaprovação. Tal instrução reforça a heteronomia da criança e resulta numa aprendizagem que se conforma com a autoridade do adulto. Não é dessa forma que as crianças desenvolverão o conhecimento do número, a autonomia, ou a confiança em sua habilidade matemática. (...) Embora a fonte defi nitiva de retroalimentação esteja dentro da criança, o desacordo com outras crianças pode estimulá-la a reexaminar suas próprias idéias. Quando a criança discute que 2 + 4 = 5, por exemplo, ela tem a oportunidade de pensar sobre a correção de seu próprio pensamento se quiser convencer a alguém mais. É por isso que a confrontação social entre colegas é indispensável (...)"

Por que ler
- Aborda de forma acessível alguns aspectos fundamentais do trabalho de Piaget publicados no livro A Gênese do Número na Criança.
- Apresenta informações fornecidas pela Psicologia genética e pelas pesquisas psicogenéticas sobre os processos de aprendizagem e as idéias que as crianças constroem.
- Elucida as implicações da teoria piagetiana na prática de sala de aula e como as diferentes formas de conhecimento estabelecidas por Piaget interagem na aprendizagem da Matemática.
- A autora foi aluna e colaboradora de Piaget e pioneira ao propor o ensino da Matemática com o aluno como sujeito do processo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DILMA.....Eu sou... Texto de Rita do blog Estrada Anil


Os tempos são outros, quem há de negar? Essa semana vi por aí (queria lembrar onde, para pôr o link aqui) alguém usando aquela velha frase “não vamos jogar a criança fora junto com a água suja da bacia” para falar da situação atual do país - e achei bem pertinente. Acho normal querer ressaltar os pontos ruins de uma administração que não apoiamos e também alardear os bons feitos dos nossos preferidos. Acho humano mesmo. Somos assim, tendenciosos, parciais. É importante ter consciência desse estado para que possamos avaliar nossos discursos e procurar por nossos tropeços. Acho que a consciência em torno de nossa parcialidade deve morar lá na gênese do pensamento crítico, impulsionar nossos questionamentos e diminuir a cegueira fácil. Se nos acreditarmos 100% imparciais, nossas avaliações estão fadadas ao fracasso.


É um exercício difícil esse de nos esforçarmos para enxergar o erro cometido por quem gostamos, o tropeço daquele que apoiamos, o vacilo daquele em quem apostamos nossas fichas. É ruim, desconfortável, mas necessário. Talvez ainda mais difícil seja o outro exercício, o de enxergar o sucesso de quem não gostamos, aplaudir o acerto de quem queríamos ver derrotado, apoiar bons planos e atitudes de nossos desafetos. Mas, igualmente, é um exercício necessário.


Muita gente consegue êxito nos dois. Consegue reconhecer que sua impressão estava equivocada, entender que o bem maior justifica o apoio a quem antes queria ver pelas costas. Mas é difícil, reconheço.


Tudo isso para dizer que entendo que tanta gente se recuse a votar na candidata do governo à Presidência da República alegando para isso que o Governo do Lula pecou muito. Que ele deixou de cuidar de um monte de coisas em seus oito anos de governo, que as melhorias na educação não tiveram o volume que gostaríamos de ver, a segurança pública não transformou o Brasil numa Islândia, muitas estradas isso, muitos portos aquilo, etc. Tudo relevante e digno de nota para os governos futuros. Isso é a água suja da bacia. Mas eu vou me agarrar à criança.


Nas vezes em que votei no Lula (todas em que ele foi candidato), não votei por mim. Talvez nas primeiras, sim, tenha votado por mim também, pois era estudante e queria ver um país melhor para “o meu futuro”. Mas à medida que o tempo foi passando, e o Lula seguiu se candidatando (ainda bem), os motivos pessoais por trás do meu voto me abandonaram e passei a votar quase que exclusivamente pelos outros. É que olho ao redor e percebo que dependo menos das políticas públicas do que os milhões de brasileiros que estão abaixo de minha família na pirâmide. Dependemos também, claro, todos dependemos, mas no caso da minha família essa dependência não compromete nossa rotina no mesmo nível em que compromete a rotina de quem não pode abrir mão de nenhum serviço público essencial: raramente ando de ônibus, meu filho estuda em escola particular, temos plano de saúde, moradia própria e empregos que nos permitem pagar as contas e planejar o futuro.


A convicção de que não podemos votar pensando em nossos umbigos vem de uma constatação muito simples: no fim das contas, se o país vai mal, a parte que nos sobra dói menos do que aquela que sobra para quem ocupa as camadas mais baixas da pirâmide. Se há uma recessão, por exemplo, a gente compra menos; mas muita gente come menos. Então meu voto não é meu. Claro que continuo querendo que meu país melhore - tanto mais agora, que tenho filhos - mas minha preocupação, ainda que real, certamente é menor que a da mãe que tem filho em escola pública, tem um subemprego e está endividada. Então meu voto é pra ela.


Pois bem. Então gostei demais do governo do Lula, gostei muito mesmo, porque vi se concretizar o motivo que esteve na base de cada voto que dei a ele: em seu governo, milhões e milhões de brasileiros melhoraram suas condições de vida; entre 2003 e 2008, 27 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C, e 20 milhões saíram da extrema pobreza. É mais gente comendo. Mais gente com emprego fixo, com acesso a bens que melhoram seu dia a dia, como geladeira, fogão, roupas, aquecendo a economia e gerando mais emprego na bola de neve que manteve o país de pé, firme, mesmo durante a maior crise financeira que o mundo capitalista enfrentou nos últimos tempos. Muita gente falhou no exercício de admitir o sucesso de quem não gostamos e disse que o Lula teve “sorte”. Tsc tsc. Eu votei no Lula para que a miséria do país encolhesse. E isso aconteceu. Fato.


Eu gostei, gostei mesmo, de ver dinheiro sendo empregado em programas que os desafetos do Lula adoram chamar de assistencialistas e populistas, porque eles fizeram toda a diferença na vida de pessoas que não tinham o pão que eu nem sei quanto “pesa” no meu orçamento. E claro que ensinar a pescar é necessário - e isso se faz melhorando o país como um todo, o que o Governo também fez nos últimos anos - mas dar o peixe, queiramos ou não, é questão de humanidade em um país com tantos miseráveis. Quem quiser que vire as costas, eu gostei do que o Lula fez.


Há muitos outros motivos que, para mim, fizeram do Governo Lula o melhor que esse país já teve. O país cresceu, diminuiu o desemprego, atraiu investimentos, ganhou respeito internacional. Mas há todo o tanto que ainda precisa ser feito. E, claro, houve aqueles momentos em que senti vergonha, como quando vejo o Sarney ali, do lado. Sinto muito, muito mesmo, tenho vontade de sumir, fingir que não é comigo, não tenho argumentos, não há desculpas. Alianças? Poderiam ser outras, pelamor! Mas isso não tira meu voto, não na atual conjuntura. Porque é preciso manter o foco e tocar o bonde. E continuar. Isso mesmo, continuar. (Eu simplesmente ignoro a apelação tucana por trás do conveniente versinho “mas a alternância de poder é fundamental para a democracia”. Não. A escolha é fundamental. E eu acho que o país agora quer continuar.)


Bem, sei que eu quero. Quero continuar a ver melhorias no mundo das pessoas que sempre levam a pior. Não estou satisfeita com tudo, como poderia? Eu estaria satisfeita se os desabrigados das enchentes de Alagoas e Pernambuco já tivessem recebido o tratamento adequado em um país que respeita seu povo e tivesse sido resgatado do estado de isolamento em que se encontram. Estaria satisfeita se estivesse vendo surgir uma discussão séria e engajada em torno do sistema prisional de nosso país, urgência urgentíssima, para antes de ontem. Estaria satisfeita se as escolas fundamentais públicas fossem modelo de excelência e sues professores fossem bem remunerados. Etc. Mas, ainda assim, tenho convicção de que o grupo que tem algum interesse na melhoria real do país, socialmente falando, é o grupo do atual governo.


Então além de votar na Dilma, vou votar em candidatos a deputados e senadores de partidos governistas, para não ter erro: quanto mais parlamentares apoiarem os projetos do Governo, maiores as chances de aprovação. 1+1.


E, finalmente, tem a tietagem, sabe, gente. Ah, eu não poderia deixar de dizer. Eu sou tiete, sou tiete sim. Eu preciso falar, com o peito estufado: eu tenho um orgulho danado do meu presidente. Eu gosto dele, sabe? Gosto pra caramba, nem consigo dizer o tanto. E mesmo antes de ver aquele filme, eu já tinha essa imagem na minha cabeça, do garoto de infância miserável, correndo pelo chão do sertão de barriga estufada e pernas finas, sem ter noção dos rumos por onde a vida lhe levaria. O Lula criança vai morar para sempre no meu imaginário, gosto de pensar na trajetória de vida dele, dos preconceitos que ele ajuda a derrotar, das limitações que ele superou. Eu gosto daquele menino. E quem quiser que tente ter quase 80% de aprovação ao final de oito anos de mandato, tendo contra si toda a grande mídia, fazendo campanha contra todos os dias. O país não é mais o mesmo, que bom.


Vou sentir saudades. E sei que não estou sozinha, viu? Mas conto com a Dilma para amenizar a falta e ver o legado do Lula ser tocado com fibra. Então, a quem interessar possa, voto na Dilma, é com ela que eu vou. “Ah, Rita, mas aí você está votando na Dilma por causa do Lula. Mas a Dilma não é o Lula!”. Eu sei. E é isso mesmo. Eu voto nela porque ela esteve ao lado dele esse tempo todo e é coadjuvante em tudo isso que falei aí em cima, para o bem ou para o mal. Então é o mais perto que eu consigo chegar de votar no Lula novamente. É que só sei votar nele, gente. Viciei.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ah se todos soubessem...A educação certamente estaria melhor


Fiquei enjoada com a reportagem da Roberta Abreu Lima, uma revista tão importante com uma matéria tão sem conteúdo, fraca e frágil em seus argumentos. Deixa claro que a zona de mau ensino é a que a revista se encontra divulgando recortes em um lugar tão importante para a informação dos brasileiros. Técnicos treinados pelo banco mundial deveriam fazer a filmagem no banco central e nos valores desviados da educação. A tecnica de filmagem utilizada nos EUA é uma prática para refletir sobre as aulas chamada de documentação pedagógica que tem o objetivo de refletir e não de comparar se é que vc entende a diferença! Assuntos irrelevantes podem ser para você que está de metida na sala de aula da professora recortando o que não sabe e não entende. Corporativismo é o nome que você conhece poderíamos utilizar a palavra respeito ao espaço que lhe cabe, a aula que foi planejada, ao processo que se encaminha...lamento mas para você entender melhor comece lendo "Professora sim tia não" de Paulo Freire ou "Pedagogia da esperança" faria você entender melhor muita coisa!
Adorei também a resposta da colega! Confira!!!

RESPOSTA REVISTA VEJASou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.


Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 min de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Reportagem Revista Veja - AULA CRONOMETRADA


Aula cronometrada
Com um método já aplicado em países de bom ensino,
o Brasil começa a investigar o dia a dia nas escolas

Roberta de Abreu Lima
Fotos Eduardo Martino/Documentography e Istockphoto/RF

Controle do tempo
Escola municipal no Rio de Janeiro: os cronômetros vão ajudar a entender as causas da evidente ineficácia na sala de aula

As avaliações oficiais para medir o nível do ensino no Brasil têm se prestado bem ao propósito de lançar luz sobre os grandes problemas da educação – mas não fornecem resposta a uma questão básica, que se faz necessária diante da sucessão de resultados tão ruins: por que, afinal, as aulas não funcionam? Muito já se fala disso com base em impressões e teoria, mas só agora o dia a dia de escolas brasileiras começa a ser descortinado por meio de um rigoroso método científico, tal como ocorre em países de melhor ensino. Munidos de cronômetros, os especialistas se plantam no fundo da sala não apenas para observar, mas também para registrar, sistematicamente, como o tempo de aula é despendido. Tais profissionais, em geral das próprias redes de ensino, já percorreram 400 escolas públicas no país, entre Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Em Minas, primeiro estado a adotar o método, em 2009, os cronômetros expuseram um fato espantoso: com aulas monótonas baseadas na velha lousa, um terço do tempo se esvai com a indisciplina e a desatenção dos alunos. Equivale a 56 dias inteiros perdidos num só ano letivo.
Já está provado que a investigação contínua sobre o que acontece na sala de aula guarda relação direta com o progresso acadêmico. Ocorre, antes de tudo, porque tal acompanhamento permite mapear as boas práticas, nas quais os professores devem se mirar – e ainda escancara os problemas sob uma ótica bastante realista. Resume a especialista Maria Helena Guimarães: "Monitorar a sala de aula é um avanço, à medida que ajuda a entender, na minúcia, as razões para a ineficácia". Não é de hoje que países da OCDE (organização que reúne os mais ricos) investem nessas incursões à escola. Os americanos chegam a filmar as aulas. O material é até submetido aos professores, que são confrontados com suas falhas e insucessos. Das visitas que fez a escolas nos Estados Unidos, o pedagogo Doug Lemov depreendeu algo que a breve experiência brasileira já sinaliza: "Os professores perdem tempo demais com assuntos irrelevantes e se revelam incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital".
Numa manifestação de flagrante corporativismo, os professores brasileiros chegaram a se insurgir contra a presença dos avaliadores dentro da sala de aula. Em Pernambuco, o sindicato rotulou a prática de "patrulhamento" e "repressão". Note-se que são os próprios professores que preferem passar ao largo daquilo que a experiência – e agora as pesquisas – prova ser crucial: conhecer a fundo a sala de aula. Treinados pelo Banco Mundial, os técnicos já se puseram a colher informações valiosas. Afirma a secretária de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin: "Pode-se dizer que o cruzamento das avaliações oficiais com um panorama tão detalhado da sala de aula revelará nossas fragilidades como nunca antes". Nesse sentido, os cronômetros são um necessário passo para o Brasil deixar a zona do mau ensino.
EDIÇÃO DA SEMANA

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mestrado....UDESC....é vero!!!


Estou fascinada com as aulas da professora Dra. Gladys Mary Ghizoni Teive especialmente por uma de suas obras “Uma vez normalista sempre normalista" fiz descobertas históricas acerca da pedagogia moderna e suas práticas escolares. Descobri que mesmo sendo uma professora contemporânea tenho muitas práticas da pedagogia moderna. O livro traz histórias contadas por uma professora que incorporou o habitus da reforma republicana “ Dona Passinha” e isto torna as práticas da época muito vivas. As fotos históricas me fizeram relembrar as histórias que minha avó materna me contava quando começávamos a ver as fotos de infância da minha mãe (sim gosto de fotos desde pequenina). As características da época, os termos e as referências dos acontecimentos históricos possibilita que nos reportemos ao passado envolvidos com os vestígios do presente. A autora conseguiu deixar claro o modo de ser professora moderna, intuitiva que ensina estimulando os sentidos intuindo seus alunos. A lição de coisas que surgiu com a pedagogia moderna e os materiais pedagógicos importados caríssimos que até então não existia, mapas, esqueletos, quadros, cadeiras etc... O espaço escolar, o prédio da escola também é uma invenção da pedagogia moderna até então a escola era em qualquer lugar, na casa da professora ou em uma sala alugada. Os grupos escolares foram construídos seguindo as orientações de médicos higienistas e arquitetos e por ai vai....vale a pena ler Fascinante!!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A importância de um PAI...


Um pai é alguém para se orgulhar,
Alguém para se agradecer e,
Especialmente, alguém para se amar...

O pai como diz o texto acima tem uma função fundamental na formação emocional de um filho. Os filhos têm no Pai um porto seguro e um modelo para construir a sua personalidade. É no pai que desde pequeno o filho conhece o amor ao próximo, o respeito, a força nos momentos difíceis. È ele que com sua visão de mundo apresenta o mundo dos lugares, dos sentimentos e das ações. O pai que protege que alimenta, que cuida da sua família demonstra segurança aos filhos, mas acima de tudo mostra para ele como ele é importante e que ele é a sua obra mais importante, pois é a sua imortabilidade. Apesar, disto alguns não reconhecem a importância de serem PAI e nem imaginam a profundidade do seu erro em negar a sua presença e participação na vida de um filho. Acredito que é por pura ignorância, pois são produtos de uma sociedade capitalista e fútil que vê nos filhos e na família uma prisão, querem voar por lugares vazios, procurar vida onde não há! Produzem histórias de vida que existe somente na mente manipulada deles e esquecem-se da vida que colocaram no mundo e que espera por um PAI! Tristes pais que perdem o seu momento presos em prisões culturais cegos por um egoísmo hipócrita e ridículo. Por isto Pense se você é PAI seja enquanto há tempo, porque como diz o professor Corelli. Qual a sua obra?
Convivo com muitos tipos de PAI, tive a sorte de ter um PAI maravilhoso, um avó fenomenal e convivo com um dos melhores PAI do mundo. Sim, o pai do meu filho tem muitos defeitos como todos os seres do universo...Tive a oportunidade de vê-lo nascer, aconteceu no mesmo momento em que o meu filho nasceu, um homem que cresceu e transformou-se em um pai forte, apaixonado, sincero, amigo , consciente da sua função no mundo e da sua influência na formação do seu filho. Um PAI que se esforça para ser perfeito cuida de tudo o que o filho precisa, cuida para que ele possa se orgulhar, agradecer e amar!