sábado, 31 de dezembro de 2011

Enfim...o fim do ano...







Pois é, estive sumida do meu blog e das ações de reflexões...não gostaria de terminar o ano...o ciclo sem escrever algumas palavras. O ano depois de setembro acabou com o meu tempo, as avaliações, o fim do projeto da floresta encantada, a minha nova turma de Pedagogia e a intensa preparação para deixar de ser aluna especial e finalmente me tornar REGULAR no mestrado me deixaram completamente sem tempo e sem forças para PENSAR...ironicamente a minha dica mais forte neste blog, mas isto só mostra que sou humana e fraca no que se refere tempo, freio e capacidade de izer NÃO, agora eu não posso. Apesar do fim do ano atribulado o ano foi fantástico as forças dirigidas para o mestrado deram certo e agora eu tenho um orientador todinho meu sim ele me escolheu Professor Dr. Celso UDESC um verdadeiro mestre no assunto filosofia na educação e está será minha pesquisa " Mudanças curiculares: uma análise do projeto educação para o pensar da rede minicipal de ensino em São josé", não preciso dizer que estou em extase ainda!!! Ganhei dois afilhados e uma sobrinha. O projeto floresta encantada foi um sucesso meus pequenos adoraram os SMURFS seres encantados da floresta, dançaram lindamente e confirmaram nossas teses sobre participação e autoria nos projetos deram aula sobre a lua e as estrelas e fascinaram as professoras...eu amei!Meu filho lindo virou um tucano dançante e entres idas e vindas preocupantes o segundo ano terminou e agora ele vai para o terceiro. Minhas novas alunas do curso Universidade Aberta do Brasil - Udesc são aplicadissimas...que venha 2012!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por algum motivo....

Já dizia Nietzsche quando fizemos algo temos sempre uma intenção, quando realizamos algo queremos também algo...quando escrevo aqui quero que pessoas leiam e de certa forma se beneficiem das experiências postadas aqui...ontem recebi um email de uma colega que incentivada com meu relato conhecerá ALETHEIA e a sua grande proposta de educação para a infância. O dia a dia esmagador, as horas que faltam para tudo que gostaríamos de fazer impossibilitam os momentos de reflexão e de troca o grande trunfo da proposta reggiana AS TROCAS, as conversas, os olhares e as escutas...A educação Infantil exige de nós um olhar demorado, intencionado e profissional.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Limites X Amor


Estou pensando sobre limites a muito tempo, desde que comecei a trabalhar com educação os questionamentos são os mesmos, O que eu tenho que fazer para ele me obedecer? Tá difícil lidar com ele? e por ai vai. A educação familiar é muito complexa, temos sempre que avaliar as individualidades das crianças e o ambiente que educa a criança, mas o fato é que quando as crianças sabem que os pais a amam, tendem a obedecer às regras determinadas pelos pais para conservar este amor. Portanto PENSE se o seu filho está rebelde, retalhando é porque está faltando REGRAS OU AMOR!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Férias...

As férias chegaram, o primeiro semestre terminou mas as coisas me parecem tão iguais, as vezes me pergunto porque nos enganamos tanto. O que faz continuarmos acredintando em algo tão irreal tão distante de algumas pessoas.

“Enquanto os seres humanos massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros.”

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Molenga Maluca



Observar as crianças descobrindo um novo ritmo musical foi a minha boa nova deste mês unimos o teatro, o lúdico, o brinquedo, a música e a dança ao universo lúdico junino com o forró da molenga maluca.
O trabalho em equipe e a troca com diferentes especialistas fizeram toda a diferença na realização deste pequeno grande projeto. Agradeço ao grupo roda viva e em especial aos artistas Kamilla e Luiz. Parabéns para toda a equipe Dinâmica Jurerê e em especial para a nossa diretora impulsionadora das nossas idéias e culpada por tudo dar certo!

Estava andando pela rua quando vi uma lombada!
Levei um susto danado com maluca da boneca
Molenga maluca venha cá dançar
Molenga boneca venha forrozar
São dois passinhos prá cá mais dois passinhos prá lá
roda gira está boneca que o forró vai terminar...

domingo, 19 de junho de 2011

Festas juninas



Mês de junho, mês das festas juninas. As perguntas são muitas...prof pode pintar as crianças? Pode pintar a fogueira? etc...è um assunto longo e delicado pois se trata de diferentes culturas mas podemos simplificar quando pensamos no trabalho que queremos desenvolver com as crianças. Fazer as perguntinhas básicas: O que se quer com esta atividade? Onde vou fazer meu aluno pensar e se desenvolver? Em que contexto? A cultura folclórica trabalhada na educação infantil não deve esquecer do lúdico, da brincadeira e de uma convergência rítmica e expressiva. È possível trabalhar a cultura popular com as danças e com o corpo expressivo desde que as crianças estejam contextualizadas e encantadas com o que estão realizando e é neste trabalho que acredito.
Apresentar as brincadeiras juninas é antes de mais nada mostrar um retrato da diversidade cultural brasileira e as crianças precisam saber disto antes de pintar a fogueira e ou bolinhas e bigodinhos no rosto.
Em florianópolis brincamos de boi de mamão em Porto Alegre somos prendas e gauchos pilchados temos ainda boi bumba, frevo, forró etc.. Para as crianças isto tudo é uma grande brincadeira...E ela precisa ser autor da sua dança e da sua fantasia cultural. Com o espetáculo junino montado ela vai escolher as suas preferências ritmicas e culturais. Por este motivo a diversidade, o novo e o tradicional devem fundir-se como uma boa receita comtemporânea.

domingo, 5 de junho de 2011

Aula Passeio - Excelente!!!





Não preciso dizer que amo a Escola do meu filho...Amo porque ensinam respeitando o potencial criativo, sem moldes, sem condicionamento, respeitam e incentivam meu filho a aprender construindo seus próprios esquemas e isto é tudo.
Na sexta – feira dia 03 de junho ele fez o seu primeiro passeio com a turma, mas não foi só um passeio, foi uma pesquisa de campo, foi um momento de autonomia e independência . Luan, empolgado pesquisou durante toda a semana o site do zoológico de pomerode local programado para a pesquisa.
Este ano a Escola está engajada em proteger as florestas e destacar este tema nas investigações científicas das crianças.
Os animais silvestres e a mata atlântica será a investigação do Luan. Sim, Luan está em um estágio de investigações próprias ou seja desejando seus próprios projetos, tinha como tarefa pesquisar o tigre, ele pesquisou o tigre mas como gostou do hipopótamo pesquisou também. Chegou em casa cheio de novidades que a bióloga especialista que acompanhou o grupo ensinou.
Luan falou: Mãe quantos animais lindos, como podem matar...Eu descobri tantas coisas mãe ...aprendi sobre habitus noturnos, carnívoros, herbívoros, mamíferos, tamanhos,pesos etc...temos que ir mais vezes lá mãe! Quanta aprendizagem prazerosa!
Falei: Filho como a sua roupa está limpinha...Luan: Claro mãe fomos lá pesquisar e não brincar! Sabe mãe as coisas lá estavam caras, comprei só um balão porque senão gastaria muitoooo e você sabe não podemos ficar sem dinheiro então dei uma de R$ 10,00 mas ainda sobrou uma de R$5,00 e uma de R$ 2,00 tá bom né mãe....Luan: Mãe a comida estava uma delícia, a prof Dani deu um crachá com o nome e o telefone para emergência, marcamos um ponto de encontro e cada dupla saiu para pesquisar os seus animais, foi tão legal mãe, eu não me perdi...
Para completar a aula passeio colocou em prática seus conhecimentos de educação financeira que papai tanto se empenha.
Parabéns a toda a equipe! Que de forma espontânea faz com que as crianças sejam agentes de suas próprias aprendizagens, encaminhando, direcionando para que sejam autores e não coadjuvantes.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Museo de Los Ninõs


El Museo de los Niños Abasto, es un museo interactivo que recrea los espacios de una ciudad donde los chicos pueden jugar a ser albañil, médico, camarógrafo, capitán, marinero, bancario, cocinero, locutora, periodista, enfermera, actriz, mamá y papá; y muchas cosas más!!

O espaço foi todo projetado para possibilitar de forma lúdica brincadeiras dos diferentes papéis sociais.
Como uma mini cidade.
Durante toda a nossa vida, vamos construindo e desconstruindo conceitos, pois vamos vivenciando e experimentando novas situações. A partir dessa ideia o museo pretende abordar o tema Brincar e Ludicidade como meio que poderá permitir aos nossos alunos uma maneira para aprender a elaborar e resolver situações conflitantes que vivenciam no seu dia a dia. E para isso, usará capacidades como a observação, a imitação e a imaginação. Essas representações que de início podem ser "simples", de acordo com a idade da criança, darão lugar a um faz-de-conta mais elaborado, que além de ajudá-la a compreender situações conflitantes ajuda a entender e assimilar os papéis sociais que fazem parte de nossa cultura (o que é ser pai, mãe, filho, professor, médico, etc.). Através desta imitação representativa, a criança vai também aprendendo a lidar com regras e normas sociais, que desenvolvem sua capacidade de interação, e assim, aprendendo a lidar com os limites.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eco do avencal...

O primeiro hotel com cunho pedagógico tem excelentes professores que fazem toda a diferença quando o assunto é educação ambiental e reflexão sobre o mundo. A trilha faz uma relação com os conteúdos geográficos, históricos, ciências naturais com recursos fixos lúdicos. Adoramos saber sobre a evolução da espécie humana, a história dos moradores da floresta, os tropeiros, os dinossauros e os fosséis. Parabéns para a equipe do eco do avencal pelo grande projeto!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que diria FREUD do caos ecológico que vivemos...


A construção de uma ética para o futuro demandará
um esforço de proporções incomensuráveis e
reunirá todos aqueles que acreditam nas forças
de conjunção, que solidarizam, fraternizam e universalizam.
Será preciso, certamente, exercitar a futurologia, não
entendida obviamente como uma forma de irracionalismo,
mas como um modo de entendimento, uma ecologia
cognitiva que torne possível estabelecer um horizonte
prospectivo para a vida, as idéias e a cultura planetárias,
nesses tempos sombrios de globalizações técnicas e ressurgimentos
étnicos exterminadores. FREUD estudou profundamente as sensações de prazer e o instinto furioso das pessoas, fico me perguntando o que diria ele frente ao caos ecológico que vivemos. O sentimento de exploração da terra e dos recursos naturais de forma selvagem que assistimos atualmente terá uma explicação a não ser a do egoísmo burro e ignorante de fazer de conta que nada acontece...O lixo, o uso abundante de água, o consumo de animais como se fossem brinquedos etc...me preocupa, preocupa mais uns 5% da população mas o que se faz? Um nada perto do tanto que se há de fazer. A educação ambiental parece querer nascer mas o que se tem recursos para isto pouco ou quase nada. Em florianópolis os locais de vivência ambiental e contato com novas idéias e diferentes formas de reflexão sobre a ética ambiental dispõe de recursos insignificantes para realizar divulgação, educação e atendimento de escolas para partilhar uma nova consciência ambiental. Falta verbas? Ou isto não é tão importante assim? Eu já me sinto ameaçada com a realidade atual...mas sinto medo quando vejo o nada que é feito para cosncientizar as pessoas frente ao mal que fazemos todos os dias...e que pior fazemos de conta que nada fizemos...quando o mal ficar insuportável o inconsciente vai cobrar...quando a água acabar, o lixo isalar gases tóxicos, a terra deslizar e a comida não vingar...O que será de nós?
Desde Jung, portanto, percebe-se que a consciência
deveria voltar-se para o homem, em sua realidade mais
interna e subjetiva para, a partir daí, identificar as fontes
do mal que atingem, indistintamente, a todos nós. O homem
ocidental construiu um mundo tão autocentrado que
não consegue objetivar-se verdadeiramente como um
sapiens-demens, ao mesmo tempo sábio e louco. Vive
antes uma vida prosaica, submersa na racionalidade utilitária
e maquínica, do que uma vida poética explicitada
no amor, na sabedoria, na meditação, no êxtase e nas explosões
imaginais (Morin, 1998).
É mais galinha, confinado em seu espaço territorial,
ciscando aqui e ali sua ração cotidiana, do que águia, que
voa para o infinito indeterminado até confundir-se com o
azul do firmamento.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Falta de inspiração....


Pois é ando assim desmotivada para trocar experiências, um pouco chateada com o quadro da educação no Brasil...mas, vamos lá bola para frente! Tem um grupo de estudos indo para a ARGENTINA agora em maio...vou tentar me animar por lá...
Venha fazer parte de nosso Intercâmbio de Estudos em Buenos Aires, Argentina
Colégio Aletheia - 18 a 22 de maio de 2011

Nesse encontro nosso foco de estudo será o papel da coordenação e da
direção nas mais diversas áreas de atuação, tais como:

Seleção dos conteúdos da formação de professores;
intervenções e encaminhamentos, quantos às questões de sala de aula;
Reunião de pais;
Instrumentos de trabalho;
Participação na construção da documentação pedagógica. Qual é a
atuação e a importância do coordenador e do diretor nesse processo?

Pacote Inclui:

- Passagem Aérea Ida e Volta - Cia Qatar Airways (São Paulo/Buenos Aires/São Paulo)

- 3 noites no Hotel Bristol em apartamento duplo
www.hotelbristol.com.ar

- Café da manhã taxas inclusas

- Traslados Inclusos - Aeroporto/hotel
Hotel/Colégio Aletheia

- Noite de Tango - SR TANGO - sem jantar - somente o show

- Seguro Viagem

- Taxas de embarque nacional e internacional

Valor do Pacote: R$ 2.092,00

Condições de Pagamento: taxa de inscrição R$ 330,00 – à vista
1ª parcela – R$ 352,40 + 9 parcelas de 156,60 (cartão de crédito ou cheque)

Prazo para inscrição – 30 de Abril


Não está incluso:

- Taxa de inscrição do Intercâmbio de Estudos - U$ 270,00
(paga diretamente, em dólares, ao Colégio Aletheia)






Para maiores informações:

- Informações pedagógicas - (11) 63660230 Fabiane
(11) 24215588 Telma
Fabiane - fabianevitiello@hotmail.com
Telma - t-holanda@ig.com.br

- MR AGENTE DE VIAGENS - Márcia
Fone: (11)3542-1516/(11)7718-6823 - email:m.rubio.29@hotmail.com


Viagem de estudos condicionada a um número mínimo de participantes

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amizade e os cinco sentidos


Como seria bom se fosse possível aprender sobre relacionamento humano sem nos machucarmos. Eu não tenho irmã e procurei por uma para substituir este vazio por muito tempo, procurei nas minhas primas e por vezes a encontrei, procurei nas minhas amigas, procurei nas minhas colegas, nas minhas companheiras de trabalho e por vezes achei que tivesse encontrado por ela...Mas aprender a verdade sobre as pessoas é difícil acho que leva uma vida inteira, na minha caminhada até aqui aprendi algumas coisas, não todas me engano ainda muitas vezes como a Maria do último reality show é sempre muito pobre culturalmente mas a nível de identificar características de pessoas é muito rico, é possível observar como nós enganamos com as pessoas e as vezes apostamos nossas fichas em alguém que nos parece tão verdadeiro e no entanto é tão falso, alguém que é tão amigo e é tão inimigo.
Sem você perceber sutilmente um castelo forte e bonito está se construindo com um alguém que chegou ontem em sua vida e que depois de amanhã fará uma diferença imensa. O mais grave é que aprender que as coisas funcionam assim é dolorido. Emburrecemos porque mesmo sabendo que é assim tentamos mais e mais vezes e isto tudo porque integrar-se, doar-se é nato dos seres humanos.
A minha irmã querida esteve ao meu lado por anos e eu não conseguia identificá-la, estive com ela investindo em outras doando tão pouco de mim a ela durante anos porque estava envolvida em outras investidas de amor, amizade e companheirismo.
Ontem foi aniversário dela e meu tempo tão pouco ou quase nada comprei uma flor de chocolate, mas não consegui entregar, passei na sua casa, mas já estava dormindo, desde muito antes estou pensando nisto tudo que escrevi. Por isto pense muitas vezes aquele amigo que você queria está ao seu lado e você não consegue ver....
A visão e a audição se desenvolve desde o nosso nascimento porém a vida adulta, a correria, o tempo escasso nós impede de aprender a usa- los da maneira adequada e isto é tão prejudicial a nossa vida. Por isso ouça fique atento, observe os detalhes, perdoe e recomece!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Aprendendo a ser DINDA!!!


Eu vou ser dinda! Estou muito muito feliz!!! Devo confessar que estou ansiosa, pois é a minha primeira, fico me lembrando de como é difícil controlar os nossos sentimentos quando se trata da primeira vez. Eu vou ter que aprender e claro é só na prática! O importante é que eu tenho tempo João Pedro vai nascer provavelmente em julho, vou me planejar, me concentrar, buscar imagens dos meus padrinhos para internalizar este novo papel social na minha vida...Estou toda derretida querendo comprar tudo que vejo por ai ...um misto de sentimentos gostosos destes que fazem a vida valer a pena!Já posso ver os seus olhinhos estalados sorrindo para mim, seu rostinho redondo, sua testinha pequena e cabelinhos fininhos, mãos gordinhas e um corpinho pequenino cheio de vontades próprias, um afilhado comtemporâneo com uma dinda moderna...ai como será isto? Quem tiver dicas...pode mandar!!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A criança e suas múltiplas linguagens


A criança e suas múltiplas linguagens
Karine Rodrigues Ramos

“A linguagem está no mundo e nós estamos na linguagem” Pierce

A linguagem permeia o trabalho na educação infantil, junto com a brincadeira e a interação, constitui os eixos da ação pedagógica junto às crianças. Por vezes quando falamos em linguagem é comum remetermos à linguagem verbal e escrita, igualmente fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas professoras acabam priorizando essas duas formas de linguagem na educação das crianças, em detrimento de outras, privando-as de novas vivências, novas experiências que ampliem seus conhecimentos. Nesse sentido, a educação infantil vem buscando superar esse entendimento de linguagem e considerando que a criança se comunica e se expressa por meio de múltiplas linguagens, de “cem linguagens” como escreve Loris Malaguzzi em sua poesia.
Não é de hoje que a expressão “linguagem” faz parte das discussões sobre currículo da educação infantil. No entanto, ainda hoje, a maioria dos profissionais da educação infantil ou não - significa linguagem como língua, relacionando-a restritamente á linguagem verbal oral e escrita. Isso não é por acaso. Investigando as origens dessa restrição, descobrimos, por exemplo, que Piaget vai buscar a fundamentação teórica em Saussure, o qual desenvolve conceitos teóricos capazes de descrever e analisar as leis articulatórias da língua, ou seja, a língua como sistema ou estrutura regida por leis e regras especificas da linguagem oral e verbal. Devido à enorme influência de Piaget junto à educação infantil, não é estranho, portanto, compreendermos a significação da expressão linguagem restrita a língua – falada e escrita.
E como explicar então, a existência das mais de cem linguagens pregadas pela educação infantil de Reggio Emília, na Itália, e entre as tantas linguagens o movimento, a música e as artes visuais indicadas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil?
Iniciaremos está resposta investigando a linha de fundamentação destes trabalhos. A resposta que encontrei foi que eles foram beber em outra fonte a fonte da semiótica de Pierce, eles acreditam que cada uma das linguagens, verbais e não verbais, tem seu conjunto de regras e princípios de funcionamento próprios, ou seja, é toda e qualquer produção humana e da natureza verbal e não verbal, permitindo que se dêem e a conhecer e a dialogar com eles mesmos e uns com os outros.



Nesse sentido, cada uma das linguagens que permeia o trabalho da educação infantil – desenho, pintura, modelagem, escrita, classificação, seriação, quantificação, literatura infantil, jogos, brincadeiras, fenômenos da natureza, etc. – tem seu conjunto de regras e princípios de funcionamento próprios. Portanto, elas são diferentes umas das outras, requerendo investimentos diferenciados para serem apropriadas por crianças e professores. Esse diálogo vai sendo produzido pela interação intencional e articulada desses dois sujeitos entre si e a multiplicidade de linguagens em que as crianças produzem-se como crianças, os professores produzem-se como professores e, juntos, produzem a relação pedagógica.
Cada professor deve dialogar consigo mesmo, buscando não apenas o que lhe faz mais sentido, como também aquilo a que resiste, evita, teme e assim aprendemos e ensinamos novas linguagens, novos olhares e novas possibilidades de aprendizagem.

Fonte: Gabriel de Andrade Junqueira Filho
Revista Pátio

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Congresso COEB

Como é bom participar de congresso na nossa cidade, rever as colegas e faculdade, as professoras, conhecer novas idéias, outras realidades, aprender enfim...
As palestras estavam ótimas um filósofo maravilhoso com uma palestra chocante, tentou a todo instante quebrar paradigmas abordou o desenvolvimento humano desde o nascimento evidenciando a hospitalidade e a hostilidade do mundo que nos cerca. O sucesso ou a ruína deste desenvolvimento que está intrinsicamente ligado aos espaços, ao momento histórico e as condições oferecidas a este sujeito como diferencial para o seu desenvolvimento. Gostei!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Filhos de deputados,senadores e etc...na Escola Pública Perfeito!

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007, DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DE OS AGENTES PÚBLICOS ELEITOS MATRICULAREM SEUS FILHOS E DEMAIS DEPENDENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS ATÉ 2014.


Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.
SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.
Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA. Desde o começo de 2009 ele se encontra parado na CCJ - Comissão de Justiça.
Ainda que você ache que não pode fazer nada a respeito, pelo menos passe adiante para que chegue até alguem que pode fazer algo.


http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/10943.pdf

http://www.senado.gov.br/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

Professores...


J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)



Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.