quinta-feira, 25 de março de 2010

Contribuição Aluna Suiara Maria da Silva - Ulbra

Vamos brincar?
Faixa etária 0 a 3 anos
Conteúdo
Exploração dos objetos e brincadeiras
1 Introdução
Nesta sequência didática, as crianças participarão de uma série de brincadeiras e jogos de regras simples. Os jogos e brincadeiras serão apresentados de diversas maneiras e as crianças serão convidadas a explicar suas regras aos colegas, tendo como apoio fotos e desenhos das brincadeiras.
2 Objetivos
Esta seqüência didática tem como objetivo a ampliação do repertório de brincadeiras do grupo e a possibilidade de criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar e reapresentar as diferentes brincadeiras.
- Compartilhar informações sobre as brincadeiras
- Participar de situações significativas nas quais as crianças possam agir e falar sobre um tema comum de maneira mais estruturada
- Conhecer as regras de algumas brincadeiras Tempo estimado Aproximadamente 4 meses

3. Material necessário
Para as brincadeiras: bolas, bambolês, cordas, pedaços de madeira, sucatas, tecidos...
Para o registro: máquina fotográfica, papéis e canetinhas
Desenvolvimento das atividades
1. Elencar as brincadeiras que serão apresentadas e registradas

Fazer um levantamento das possíveis brincadeiras a serem apresentadas ao grupo. Garantindo tanto o contato com os jogos e brincadeiras que já fazem parte do repertório do grupo, como a apresentação de novas propostas.

Exemplo de brincadeiras: Chuva de bolinha, corre-cotia, elefantinho colorido...

2. Definir quantas vezes na semana o projeto será trabalhado


Definir quais momentos da rotina da seqüência didática serão trabalhados, distinguindo momentos de conversa, momentos de brincadeiras, momentos de registro. Isto é, pode-se primeiro propor a brincadeira e depois (até mesmo num outro dia) organizar uma roda de conversa sobre a brincadeira realizada. Podem-se apresentar imagens (filmes e gravações) de outras turmas brincando e depois propor para as crianças brincarem.

3. Atividade disparadora – apresentação da seqüência didática às crianças

É importante para este primeiro contato planejar a maneira como a seqüência didática será comunicada. Uma roda de conversa com perguntas e respostas pode ser insuficiente. É importante usar diferentes recursos para chamar a atenção das crianças, como por exemplo, levar imagens de jogos e brincadeiras, crianças jogando e materiais (bolas, cordas...) e formular perguntas como num jogo de adivinha para que as crianças falem sobre os jogos que já conhecem.


Como as crianças ainda são muito pequenas, deve-se evitar muita “falação”, por isso devem-se planejar adivinhas e o uso de imagens para garantir uma melhor participação e envolvimento por parte delas.

4. Instituir rituais para as atividades que envolvem a seqüência didática

Criar rituais que dêem indícios às crianças sobre o assunto que irão tratar nas atividades de modo que se vinculem ao tema da seqüência. Ex. confeccionar uma caixa com imagens de jogos e brincadeiras e levá-la para todas as situações relacionadas à seqüência; propor um “grito de guerra” que anteceda os jogos, entre outras possibilidades
5. Definir como será feito o registro da seqüência e a confecção do livro de regras

Propor para as crianças a elaboração de um livro com as regras dos jogos e brincadeiras compartilhados pelo grupo. Definir como o livro será elaborado e como será a participação das crianças em sua elaboração, levando em consideração que algumas crianças são muito pequenas para explicar de forma clara as regras das brincadeiras. Garantir o registro gráfico das crianças, mesmo sabendo que os traçados das crianças desta faixa etária são rudimentares.
6. Oferecer aos pais a oportunidade de ensinarem uma brincadeira à turma
Apresentar o tema da seqüência didática aos pais e deixar em aberto a possibilidade de participação caso queiram ensinar uma brincadeira.
7. Realizar muitas vezes cada um dos jogos e brincadeiras trabalhados

Considerando que um dos objetivos deste projeto é a ampliação do repertório de jogos e brincadeiras, deve-se planejar o contato sistemático das crianças com cada uma das propostas apresentadas, para que progressivamente possam se apropriar de suas regras.

8. Espaços e materiais
Definir previamente os espaços onde as atividades ocorrerão e organizar os materiais que serão utilizados. Caso seja interessante deve-se incluir a participação das crianças no preparo dos espaços e organização dos materiais.
4. Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para as situações de conversas, para as brincadeiras e para os momentos de registro do projeto. A Avaliação deve ocorrer ao longo de toda a seqüência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.
Quer saber mais?
5. Bibliografia:
Moyles, JANET R. - Só Brincar?: O Papel do Brincar na Educação Infantil – Artmed, 2002
Friedman, Adriana A Arte de Brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais. – Vozes, 2004
6. Consultora: Ana Paula Yasbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por uma Educação Infantil de qualidade!


È irritante acompanhar os artifícios montados por profissionais progressitas tradicionais em volta do planejamento da educação infantil tendo como objetivo maior “A louca vontade de fazer a criança ler”, saber as letras como se isto fosse o sucesso da educação infantil. Sim! Sabem as letras, as vogais etc, mas esquecem as cores, os movimentos e a fantasia de ir para a Escola de Educação Infantil.
“De forma “neutra” ouvimos: - Depois que isto está bem trabalhado percebemos a facilidade que eles têm de reconhecer as letras etc...”
È preciso compreender que a Educação Infantil se propõe a estimular as crianças cognitivamente, a socialização, a linguagem e consequentemente por meio do lúdico e da brincadeira a classificação e a seriação que servirão de suporte para a alfabetização e não ao contrário. O medo das lacunas que atormentam este tipo de profissional faz com que a Educação Infantil seja vista como fase de acesso para o Ensino Fundamental e isto prejudica todo o processo de desenvolvimento criativo e autônomo das crianças, além é claro de tornar a Escola chata, repetitiva e sem encantamento.
A questão não é a forma, mas os princípios que sustentam as orientações em torno da Educação infantil e a sua organização. Sem dúvida, a elaboração de um planejamento depende da visão de mundo, de criança, de educação, de processo educativo que temos e que queremos: ao selecionar um conteúdo, uma atividade, uma música, na forma de encaminhar o trabalho. Envolve escolha: o que incluir, o que deixar de fora, onde e quando realizar isso ou aquilo. E as escolhas, a meu ver, derivam sempre de crenças ou princípios.
Como um processo reflexivo, no processo de elaboração do planejamento o educador vai aprendendo e exercitando sua capacidade de perceber as necessidades do grupo de crianças, localizando manifestações de problemas e indo em busca das causas. Vai aprendendo a caracterizar o problema para, aí sim, tomar decisões para superá-lo. O ato de planejar pressupõe o olhar atento à realidade.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Para entender...sou contra xerox...modelo....etc...



Este artigo explica a importância das artes criativas e não modelos prontos esteriotipados. Outro dia ouvi um colega falar...um modelinho é tão bom...já tá prontinho...Foi então que perguntei bom para quem? Para o professor? Para o aluno? A discussão rendeu...Confira o artigo e ilumine seus pensamentos sobre o assunto!



Infância e descoberta: conhecendo a linguagem da arte, indo de encontro aos estereótipos
Bruna Pereira Alves

RESUMO

As crianças começam a ter contato com a arte na educação infantil. Nesta fase, elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido, não têm medo de criar. Pensando neste contexto, venho destacar a importância de o professor aproveitar esta fase de seus alunos e disponibilizar recursos para aprimorar o conhecimento deles e aguçar sua curiosidade e vontade de desvendar, já que é assim, que os alunos ampliarão seu vocabulário visual e darão asas a sua imaginação. Assim, escrevo este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, argumentando e criticando, movimentando-se no sentido de oportunizar ao seu aluno um melhor ambiente de aprendizagem. Além disso, venho levantar como outro ponto essencial em minha discussão, a questão dos estereótipos, muito difundidos no ambiente escolar, destacando a importância de se pensar sobre eles, e sua influência sobre os alunos, principalmente na educação infantil, em que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo ter como base modelos prontos. Desta forma, levanto a importância de o professor utilizar os jogos e o lúdico para chamar a atenção de seus alunos para o que ele está apresentando e, sem utilizar estereótipos, possibilitá-los a utilizar a imaginação para fazer arte.

Palavras-chave: Arte; Criar; Estereótipos; Imaginação.


INTRODUÇÃO
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos e a criatividade que elas trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

Em virtude disso, venho levantar e destacar a importância de se pensar a questão dos estereótipos, conceitos padronizados, na educação infantil; já que é nesta fase que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo assim, sofrer influência destes, pois poderá levar consigo sempre a idéia de que os desenhos bonitos são os estereotipados, e não querer realizar seus próprios traços.

Além disso, devemos considerar ainda, que a arte e seus elementos estão presentes em nosso dia-a-dia; não devendo ser vista como meio de oportunizar prazer às crianças, para trabalhar a coordenação motora ou para enfeitar as salas de aulas, mas ao contrário, deve-se trabalhar a arte como contribuição para a construção do conhecimento sensível da criança, já que contribui também, para a educação do olhar desta, e ajuda a ampliar suas leituras de mundo.

Esses são alguns dos motivos pelos quais venho escrever este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, assim como, argumentar, criticar e fazer-se presente nas mudanças, movimentando-se no sentido de oportunizar ao aluno um melhor ambiente de trabalho e aprendizagem, ajudando-o a ampliar suas visões de mundo e a não restringir suas idéias a estereótipos.

REFERENCIAL TEÓRICO
As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar; é assim que elas se expressam. Elas utilizam sua imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o novo, o diferente.

As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas, cabendo as instituições de educação infantil e aos professores, oportunizar a elas momentos de criação, compreensão, imaginação e ressignificação. Sendo fundamental que o professor observe os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também, a importância de a criança criar seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-determinados, evitando assim, que esses modelos prontos interfiram no imaginário da criança.

Além disso, sabemos que é na medida em que a criança vai fazendo novas descobertas e tendo contato com novos materiais, que ela vai estruturando seu vocabulário visual. Sendo de extrema importância, que o professor disponibilize materiais diversos como: argila, papel, isopor, tinta, sucata, e deixe que ela descubra as diversas utilidades que eles têm, tendo liberdade para inventar coisas que para o professor muitas vezes não têm significado, mas que para ela faz muito sentido.

Segundo Cunha (1999, p. 10), "para que as crianças tenham possibilidades de desenvolverem-se na área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios estereótipos (...)" , assim, o professor tem que fazer parte do processo de descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas idéias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da arte com a criança.

Sabendo também da importância de não somente contemplar a produção do aluno, como a leitura desta produção e de outras imagens, reforço a idéia de ampliar as possibilidades do que é apresentado a eles, diversificando sempre e tentando não se prender a estereótipos. Estes, por sua vez, fazem com que muitos alunos acabem seguindo-os por pensarem que assim terão seus trabalhos aceitos mais facilmente pelos professores, mas na verdade, o que ocorre é que com os estereótipos as crianças aos poucos desaprendam o seu próprio desenho, perdendo a confiança nos seus traços e começando a considerá-los "feios".

Mas se sabemos que os estereótipos são negativos, por que eles ainda são tão presentes em nosso cotidiano? A resposta, acredito eu, está no fato de que a maioria das vezes os estereótipos são basicamente os mesmos, e de tão reproduzidos e utilizados, se tornam largamente difundidos e aceitos. Assim acontece na escola, onde percebe-se que os estereótipos estão muito presentes, muitas vezes em formas de desenhos perfeitos que enfeitam as salas, aparecendo como pretexto de tornar o ambiente mais atraente e interessante para a criança.

Pensando agora em nossas vivências, sabemos que nós vemos o que compreendemos e o que temos condições de entender. Assim, para que realmente possamos ver um objeto, devemos percebê-lo em suas relações com o sistema simbólico que lhe dê significado. O significado, por sua vez, está relacionado ao sentido que se dá a situação, pois estabelecemos relações do que estamos vendo com as nossas experiências. Entrelaça-se informações do contexto sociocultural em que a situação ocorreu e os conhecimentos do leitor (sua imaginação, suas inferências).

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intrapessoais (PILLOTTO, 2007, p. 23).

Pensando nisso, percebe-se que não só as crianças, mas todos nós fazemos ligações do que estamos vendo com: as experiências que já vivenciamos, nossas lembranças, nossas interpretações, fantasias e até mesmo, com os últimos acontecimentos que presenciamos. Assim, se o contexto, as informações, as vivências de cada leitor estão presentes ao procurar dar um sentido para a imagem, observa-se que as crianças, por exemplo, geralmente fazem relações de uma imagem com algum personagem de história ou programa infantil que elas conhecem.

Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido." Pensando assim, reforço a idéia de que a criança faz sua interpretação em função de suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as suas vivências.

Outro elemento importante nas interpretações e relações dos alunos é a imaginação, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e criação dos alunos, cabe ao professor modificar a disposição dos objetos da sala de aula, possibilitando ao aluno situações diferenciadas que enriqueçam a sua produção e fazendo assim, com que ele veja as coisas de formas variadas, já que essas mudanças possibilitarão à criança visões diversificadas, não fazendo com que ela fixe-se em um único modelo de sala de aula. Assim, o professor não estará influenciando o aluno, mas ao contrário, instigando-o a ter novas visões.

Segundo Pillotto, a organização do espaço poderia compreender pequenos cantos com objetos e situações diferenciadas, mobiliários postos de forma a possibilitar flexibilidade para trocas de lado, formas, para o acréscimo de outros objetos, e a retirada de outros etc. (PILLOTTO, 2007, p. 20).

Além disso, deve-se levar em conta que as crianças se apropriam de novas formas de compreender o mundo de acordo com o que vivenciam. Elas inventam, contam histórias, descobrem coisas, fazem poesia. Essa última, por sua vez, termina no momento em que o professor interfere na criação e descoberta da criança, dando-lhes por exemplo, folhas mimeografadas com desenhos prontos e perfeitos, sem permitir-lhes criar, influenciando assim, em seu processo imaginário. É fundamental ainda, trazer a poesia novamente para a escola, para que a criança possa criar realidades, fundar mundos, revelar o desconhecido, pintar imagens, modelar formas e construir pontes.

Portanto, pensar nas ações que possibilitem às crianças experiências com as linguagens da arte, ajudará a desenvolver nelas a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação. Segundo Pillotto (2007, p. 25), "a imaginação nasce do interesse, do entusiasmo, da nossa capacidade de nos relacionar. Por isso as instituições educacionais precisam estar atentas ao currículo, propondo ações voltadas ao interesse das crianças." Assim, é importante utilizar o lúdico, o brinquedo e o jogo como elementos fundamentais no cotidiano das crianças, já que seu fazer criativo está sempre ligado às suas experiências de vida visando novas perspectivas e novas aprendizagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos, ela possa compreender e analisar como a linguagem visual se estrutura, e assim, possa pensar criticamente sobre as imagens.

Além disso, deve-se fazer com que a escola vá além das vivências artísticas com as quais está acostumada. Ela deve ajudar a criança a conhecer outras épocas históricas, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos sócio-culturais.

Cabe ao professor também, aguçar os sentidos de seus alunos apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. Lembrando sempre, que muitas vezes o limite da criança é o próprio corpo e o alcance de sua mão será o que delimitará o espaço de atuação gráfico-plástica e, que para a manipulação destes distintos materiais, ela possivelmente irá se sujar.

Outro ponto muito importante também, é que o educador mantenha uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra e explorando o inusitado junto com seu aluno, se aventurando a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação.

Além disso, reforço ainda, a idéia de que os desenhos estereotipados, empobrecem a percepção e a imaginação da criança, não permitindo que ela desenvolva naturalmente seu potencial. Assim, nós, como educadores, devemos oferecer maior espaço para a expressão de nossos alunos, negando os estereótipos, já que somos contra a acomodação e reprodução e acreditamos no poder de criatividade e individualidade de cada um.

Assim, acredito que, para que a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil, é necessário ligá-la ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber, possibilitando a criança a construção não só do conhecimento cognitivo, mas principalmente, do sensível. Penso ainda, que um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitindo que estas possam inventar, descobrir e sonhar livremente, colocando no papel as idéias que estão em seu pensamento, dando asas a sua imaginação.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36.

PILOTTO, Silvia Sell Duarte. As linguagens da ate no contexto da educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 17-28.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

Bruna Pereira Alves - Aluna de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria













Infância e descoberta: conhecendo a linguagem da arte, indo de encontro aos estereótipos
Bruna Pereira Alves

RESUMO

As crianças começam a ter contato com a arte na educação infantil. Nesta fase, elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido, não têm medo de criar. Pensando neste contexto, venho destacar a importância de o professor aproveitar esta fase de seus alunos e disponibilizar recursos para aprimorar o conhecimento deles e aguçar sua curiosidade e vontade de desvendar, já que é assim, que os alunos ampliarão seu vocabulário visual e darão asas a sua imaginação. Assim, escrevo este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, argumentando e criticando, movimentando-se no sentido de oportunizar ao seu aluno um melhor ambiente de aprendizagem. Além disso, venho levantar como outro ponto essencial em minha discussão, a questão dos estereótipos, muito difundidos no ambiente escolar, destacando a importância de se pensar sobre eles, e sua influência sobre os alunos, principalmente na educação infantil, em que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo ter como base modelos prontos. Desta forma, levanto a importância de o professor utilizar os jogos e o lúdico para chamar a atenção de seus alunos para o que ele está apresentando e, sem utilizar estereótipos, possibilitá-los a utilizar a imaginação para fazer arte.

Palavras-chave: Arte; Criar; Estereótipos; Imaginação.


INTRODUÇÃO
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos e a criatividade que elas trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

Em virtude disso, venho levantar e destacar a importância de se pensar a questão dos estereótipos, conceitos padronizados, na educação infantil; já que é nesta fase que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo assim, sofrer influência destes, pois poderá levar consigo sempre a idéia de que os desenhos bonitos são os estereotipados, e não querer realizar seus próprios traços.

Além disso, devemos considerar ainda, que a arte e seus elementos estão presentes em nosso dia-a-dia; não devendo ser vista como meio de oportunizar prazer às crianças, para trabalhar a coordenação motora ou para enfeitar as salas de aulas, mas ao contrário, deve-se trabalhar a arte como contribuição para a construção do conhecimento sensível da criança, já que contribui também, para a educação do olhar desta, e ajuda a ampliar suas leituras de mundo.

Esses são alguns dos motivos pelos quais venho escrever este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, assim como, argumentar, criticar e fazer-se presente nas mudanças, movimentando-se no sentido de oportunizar ao aluno um melhor ambiente de trabalho e aprendizagem, ajudando-o a ampliar suas visões de mundo e a não restringir suas idéias a estereótipos.

REFERENCIAL TEÓRICO
As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar; é assim que elas se expressam. Elas utilizam sua imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o novo, o diferente.

As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas, cabendo as instituições de educação infantil e aos professores, oportunizar a elas momentos de criação, compreensão, imaginação e ressignificação. Sendo fundamental que o professor observe os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também, a importância de a criança criar seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-determinados, evitando assim, que esses modelos prontos interfiram no imaginário da criança.

Além disso, sabemos que é na medida em que a criança vai fazendo novas descobertas e tendo contato com novos materiais, que ela vai estruturando seu vocabulário visual. Sendo de extrema importância, que o professor disponibilize materiais diversos como: argila, papel, isopor, tinta, sucata, e deixe que ela descubra as diversas utilidades que eles têm, tendo liberdade para inventar coisas que para o professor muitas vezes não têm significado, mas que para ela faz muito sentido.

Segundo Cunha (1999, p. 10), "para que as crianças tenham possibilidades de desenvolverem-se na área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios estereótipos (...)" , assim, o professor tem que fazer parte do processo de descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas idéias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da arte com a criança.

Sabendo também da importância de não somente contemplar a produção do aluno, como a leitura desta produção e de outras imagens, reforço a idéia de ampliar as possibilidades do que é apresentado a eles, diversificando sempre e tentando não se prender a estereótipos. Estes, por sua vez, fazem com que muitos alunos acabem seguindo-os por pensarem que assim terão seus trabalhos aceitos mais facilmente pelos professores, mas na verdade, o que ocorre é que com os estereótipos as crianças aos poucos desaprendam o seu próprio desenho, perdendo a confiança nos seus traços e começando a considerá-los "feios".

Mas se sabemos que os estereótipos são negativos, por que eles ainda são tão presentes em nosso cotidiano? A resposta, acredito eu, está no fato de que a maioria das vezes os estereótipos são basicamente os mesmos, e de tão reproduzidos e utilizados, se tornam largamente difundidos e aceitos. Assim acontece na escola, onde percebe-se que os estereótipos estão muito presentes, muitas vezes em formas de desenhos perfeitos que enfeitam as salas, aparecendo como pretexto de tornar o ambiente mais atraente e interessante para a criança.

Pensando agora em nossas vivências, sabemos que nós vemos o que compreendemos e o que temos condições de entender. Assim, para que realmente possamos ver um objeto, devemos percebê-lo em suas relações com o sistema simbólico que lhe dê significado. O significado, por sua vez, está relacionado ao sentido que se dá a situação, pois estabelecemos relações do que estamos vendo com as nossas experiências. Entrelaça-se informações do contexto sociocultural em que a situação ocorreu e os conhecimentos do leitor (sua imaginação, suas inferências).

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intrapessoais (PILLOTTO, 2007, p. 23).

Pensando nisso, percebe-se que não só as crianças, mas todos nós fazemos ligações do que estamos vendo com: as experiências que já vivenciamos, nossas lembranças, nossas interpretações, fantasias e até mesmo, com os últimos acontecimentos que presenciamos. Assim, se o contexto, as informações, as vivências de cada leitor estão presentes ao procurar dar um sentido para a imagem, observa-se que as crianças, por exemplo, geralmente fazem relações de uma imagem com algum personagem de história ou programa infantil que elas conhecem.

Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido." Pensando assim, reforço a idéia de que a criança faz sua interpretação em função de suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as suas vivências.

Outro elemento importante nas interpretações e relações dos alunos é a imaginação, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e criação dos alunos, cabe ao professor modificar a disposição dos objetos da sala de aula, possibilitando ao aluno situações diferenciadas que enriqueçam a sua produção e fazendo assim, com que ele veja as coisas de formas variadas, já que essas mudanças possibilitarão à criança visões diversificadas, não fazendo com que ela fixe-se em um único modelo de sala de aula. Assim, o professor não estará influenciando o aluno, mas ao contrário, instigando-o a ter novas visões.

Segundo Pillotto, a organização do espaço poderia compreender pequenos cantos com objetos e situações diferenciadas, mobiliários postos de forma a possibilitar flexibilidade para trocas de lado, formas, para o acréscimo de outros objetos, e a retirada de outros etc. (PILLOTTO, 2007, p. 20).

Além disso, deve-se levar em conta que as crianças se apropriam de novas formas de compreender o mundo de acordo com o que vivenciam. Elas inventam, contam histórias, descobrem coisas, fazem poesia. Essa última, por sua vez, termina no momento em que o professor interfere na criação e descoberta da criança, dando-lhes por exemplo, folhas mimeografadas com desenhos prontos e perfeitos, sem permitir-lhes criar, influenciando assim, em seu processo imaginário. É fundamental ainda, trazer a poesia novamente para a escola, para que a criança possa criar realidades, fundar mundos, revelar o desconhecido, pintar imagens, modelar formas e construir pontes.

Portanto, pensar nas ações que possibilitem às crianças experiências com as linguagens da arte, ajudará a desenvolver nelas a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação. Segundo Pillotto (2007, p. 25), "a imaginação nasce do interesse, do entusiasmo, da nossa capacidade de nos relacionar. Por isso as instituições educacionais precisam estar atentas ao currículo, propondo ações voltadas ao interesse das crianças." Assim, é importante utilizar o lúdico, o brinquedo e o jogo como elementos fundamentais no cotidiano das crianças, já que seu fazer criativo está sempre ligado às suas experiências de vida visando novas perspectivas e novas aprendizagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos, ela possa compreender e analisar como a linguagem visual se estrutura, e assim, possa pensar criticamente sobre as imagens.

Além disso, deve-se fazer com que a escola vá além das vivências artísticas com as quais está acostumada. Ela deve ajudar a criança a conhecer outras épocas históricas, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos sócio-culturais.

Cabe ao professor também, aguçar os sentidos de seus alunos apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. Lembrando sempre, que muitas vezes o limite da criança é o próprio corpo e o alcance de sua mão será o que delimitará o espaço de atuação gráfico-plástica e, que para a manipulação destes distintos materiais, ela possivelmente irá se sujar.

Outro ponto muito importante também, é que o educador mantenha uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra e explorando o inusitado junto com seu aluno, se aventurando a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação.

Além disso, reforço ainda, a idéia de que os desenhos estereotipados, empobrecem a percepção e a imaginação da criança, não permitindo que ela desenvolva naturalmente seu potencial. Assim, nós, como educadores, devemos oferecer maior espaço para a expressão de nossos alunos, negando os estereótipos, já que somos contra a acomodação e reprodução e acreditamos no poder de criatividade e individualidade de cada um.

Assim, acredito que, para que a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil, é necessário ligá-la ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber, possibilitando a criança a construção não só do conhecimento cognitivo, mas principalmente, do sensível. Penso ainda, que um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitindo que estas possam inventar, descobrir e sonhar livremente, colocando no papel as idéias que estão em seu pensamento, dando asas a sua imaginação.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36.

PILOTTO, Silvia Sell Duarte. As linguagens da ate no contexto da educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 17-28.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

Bruna Pereira Alves - Aluna de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria

























Infância e descoberta: conhecendo a linguagem da arte, indo de encontro aos estereótipos
Bruna Pereira Alves

RESUMO

As crianças começam a ter contato com a arte na educação infantil. Nesta fase, elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido, não têm medo de criar. Pensando neste contexto, venho destacar a importância de o professor aproveitar esta fase de seus alunos e disponibilizar recursos para aprimorar o conhecimento deles e aguçar sua curiosidade e vontade de desvendar, já que é assim, que os alunos ampliarão seu vocabulário visual e darão asas a sua imaginação. Assim, escrevo este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, argumentando e criticando, movimentando-se no sentido de oportunizar ao seu aluno um melhor ambiente de aprendizagem. Além disso, venho levantar como outro ponto essencial em minha discussão, a questão dos estereótipos, muito difundidos no ambiente escolar, destacando a importância de se pensar sobre eles, e sua influência sobre os alunos, principalmente na educação infantil, em que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo ter como base modelos prontos. Desta forma, levanto a importância de o professor utilizar os jogos e o lúdico para chamar a atenção de seus alunos para o que ele está apresentando e, sem utilizar estereótipos, possibilitá-los a utilizar a imaginação para fazer arte.

Palavras-chave: Arte; Criar; Estereótipos; Imaginação.


INTRODUÇÃO
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos e a criatividade que elas trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

Em virtude disso, venho levantar e destacar a importância de se pensar a questão dos estereótipos, conceitos padronizados, na educação infantil; já que é nesta fase que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo assim, sofrer influência destes, pois poderá levar consigo sempre a idéia de que os desenhos bonitos são os estereotipados, e não querer realizar seus próprios traços.

Além disso, devemos considerar ainda, que a arte e seus elementos estão presentes em nosso dia-a-dia; não devendo ser vista como meio de oportunizar prazer às crianças, para trabalhar a coordenação motora ou para enfeitar as salas de aulas, mas ao contrário, deve-se trabalhar a arte como contribuição para a construção do conhecimento sensível da criança, já que contribui também, para a educação do olhar desta, e ajuda a ampliar suas leituras de mundo.

Esses são alguns dos motivos pelos quais venho escrever este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, assim como, argumentar, criticar e fazer-se presente nas mudanças, movimentando-se no sentido de oportunizar ao aluno um melhor ambiente de trabalho e aprendizagem, ajudando-o a ampliar suas visões de mundo e a não restringir suas idéias a estereótipos.

REFERENCIAL TEÓRICO
As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar; é assim que elas se expressam. Elas utilizam sua imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o novo, o diferente.

As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas, cabendo as instituições de educação infantil e aos professores, oportunizar a elas momentos de criação, compreensão, imaginação e ressignificação. Sendo fundamental que o professor observe os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também, a importância de a criança criar seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-determinados, evitando assim, que esses modelos prontos interfiram no imaginário da criança.

Além disso, sabemos que é na medida em que a criança vai fazendo novas descobertas e tendo contato com novos materiais, que ela vai estruturando seu vocabulário visual. Sendo de extrema importância, que o professor disponibilize materiais diversos como: argila, papel, isopor, tinta, sucata, e deixe que ela descubra as diversas utilidades que eles têm, tendo liberdade para inventar coisas que para o professor muitas vezes não têm significado, mas que para ela faz muito sentido.

Segundo Cunha (1999, p. 10), "para que as crianças tenham possibilidades de desenvolverem-se na área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios estereótipos (...)" , assim, o professor tem que fazer parte do processo de descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas idéias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da arte com a criança.

Sabendo também da importância de não somente contemplar a produção do aluno, como a leitura desta produção e de outras imagens, reforço a idéia de ampliar as possibilidades do que é apresentado a eles, diversificando sempre e tentando não se prender a estereótipos. Estes, por sua vez, fazem com que muitos alunos acabem seguindo-os por pensarem que assim terão seus trabalhos aceitos mais facilmente pelos professores, mas na verdade, o que ocorre é que com os estereótipos as crianças aos poucos desaprendam o seu próprio desenho, perdendo a confiança nos seus traços e começando a considerá-los "feios".

Mas se sabemos que os estereótipos são negativos, por que eles ainda são tão presentes em nosso cotidiano? A resposta, acredito eu, está no fato de que a maioria das vezes os estereótipos são basicamente os mesmos, e de tão reproduzidos e utilizados, se tornam largamente difundidos e aceitos. Assim acontece na escola, onde percebe-se que os estereótipos estão muito presentes, muitas vezes em formas de desenhos perfeitos que enfeitam as salas, aparecendo como pretexto de tornar o ambiente mais atraente e interessante para a criança.

Pensando agora em nossas vivências, sabemos que nós vemos o que compreendemos e o que temos condições de entender. Assim, para que realmente possamos ver um objeto, devemos percebê-lo em suas relações com o sistema simbólico que lhe dê significado. O significado, por sua vez, está relacionado ao sentido que se dá a situação, pois estabelecemos relações do que estamos vendo com as nossas experiências. Entrelaça-se informações do contexto sociocultural em que a situação ocorreu e os conhecimentos do leitor (sua imaginação, suas inferências).

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intrapessoais (PILLOTTO, 2007, p. 23).

Pensando nisso, percebe-se que não só as crianças, mas todos nós fazemos ligações do que estamos vendo com: as experiências que já vivenciamos, nossas lembranças, nossas interpretações, fantasias e até mesmo, com os últimos acontecimentos que presenciamos. Assim, se o contexto, as informações, as vivências de cada leitor estão presentes ao procurar dar um sentido para a imagem, observa-se que as crianças, por exemplo, geralmente fazem relações de uma imagem com algum personagem de história ou programa infantil que elas conhecem.

Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido." Pensando assim, reforço a idéia de que a criança faz sua interpretação em função de suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as suas vivências.

Outro elemento importante nas interpretações e relações dos alunos é a imaginação, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e criação dos alunos, cabe ao professor modificar a disposição dos objetos da sala de aula, possibilitando ao aluno situações diferenciadas que enriqueçam a sua produção e fazendo assim, com que ele veja as coisas de formas variadas, já que essas mudanças possibilitarão à criança visões diversificadas, não fazendo com que ela fixe-se em um único modelo de sala de aula. Assim, o professor não estará influenciando o aluno, mas ao contrário, instigando-o a ter novas visões.

Segundo Pillotto, a organização do espaço poderia compreender pequenos cantos com objetos e situações diferenciadas, mobiliários postos de forma a possibilitar flexibilidade para trocas de lado, formas, para o acréscimo de outros objetos, e a retirada de outros etc. (PILLOTTO, 2007, p. 20).

Além disso, deve-se levar em conta que as crianças se apropriam de novas formas de compreender o mundo de acordo com o que vivenciam. Elas inventam, contam histórias, descobrem coisas, fazem poesia. Essa última, por sua vez, termina no momento em que o professor interfere na criação e descoberta da criança, dando-lhes por exemplo, folhas mimeografadas com desenhos prontos e perfeitos, sem permitir-lhes criar, influenciando assim, em seu processo imaginário. É fundamental ainda, trazer a poesia novamente para a escola, para que a criança possa criar realidades, fundar mundos, revelar o desconhecido, pintar imagens, modelar formas e construir pontes.

Portanto, pensar nas ações que possibilitem às crianças experiências com as linguagens da arte, ajudará a desenvolver nelas a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação. Segundo Pillotto (2007, p. 25), "a imaginação nasce do interesse, do entusiasmo, da nossa capacidade de nos relacionar. Por isso as instituições educacionais precisam estar atentas ao currículo, propondo ações voltadas ao interesse das crianças." Assim, é importante utilizar o lúdico, o brinquedo e o jogo como elementos fundamentais no cotidiano das crianças, já que seu fazer criativo está sempre ligado às suas experiências de vida visando novas perspectivas e novas aprendizagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos, ela possa compreender e analisar como a linguagem visual se estrutura, e assim, possa pensar criticamente sobre as imagens.

Além disso, deve-se fazer com que a escola vá além das vivências artísticas com as quais está acostumada. Ela deve ajudar a criança a conhecer outras épocas históricas, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos sócio-culturais.

Cabe ao professor também, aguçar os sentidos de seus alunos apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. Lembrando sempre, que muitas vezes o limite da criança é o próprio corpo e o alcance de sua mão será o que delimitará o espaço de atuação gráfico-plástica e, que para a manipulação destes distintos materiais, ela possivelmente irá se sujar.

Outro ponto muito importante também, é que o educador mantenha uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra e explorando o inusitado junto com seu aluno, se aventurando a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação.

Além disso, reforço ainda, a idéia de que os desenhos estereotipados, empobrecem a percepção e a imaginação da criança, não permitindo que ela desenvolva naturalmente seu potencial. Assim, nós, como educadores, devemos oferecer maior espaço para a expressão de nossos alunos, negando os estereótipos, já que somos contra a acomodação e reprodução e acreditamos no poder de criatividade e individualidade de cada um.

Assim, acredito que, para que a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil, é necessário ligá-la ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber, possibilitando a criança a construção não só do conhecimento cognitivo, mas principalmente, do sensível. Penso ainda, que um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitindo que estas possam inventar, descobrir e sonhar livremente, colocando no papel as idéias que estão em seu pensamento, dando asas a sua imaginação.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36.

PILOTTO, Silvia Sell Duarte. As linguagens da ate no contexto da educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 17-28.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

Bruna Pereira Alves - Aluna de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria




















Infância e descoberta: conhecendo a linguagem da arte, indo de encontro aos estereótipos
Bruna Pereira Alves

RESUMO

As crianças começam a ter contato com a arte na educação infantil. Nesta fase, elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido, não têm medo de criar. Pensando neste contexto, venho destacar a importância de o professor aproveitar esta fase de seus alunos e disponibilizar recursos para aprimorar o conhecimento deles e aguçar sua curiosidade e vontade de desvendar, já que é assim, que os alunos ampliarão seu vocabulário visual e darão asas a sua imaginação. Assim, escrevo este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, argumentando e criticando, movimentando-se no sentido de oportunizar ao seu aluno um melhor ambiente de aprendizagem. Além disso, venho levantar como outro ponto essencial em minha discussão, a questão dos estereótipos, muito difundidos no ambiente escolar, destacando a importância de se pensar sobre eles, e sua influência sobre os alunos, principalmente na educação infantil, em que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo ter como base modelos prontos. Desta forma, levanto a importância de o professor utilizar os jogos e o lúdico para chamar a atenção de seus alunos para o que ele está apresentando e, sem utilizar estereótipos, possibilitá-los a utilizar a imaginação para fazer arte.

Palavras-chave: Arte; Criar; Estereótipos; Imaginação.


INTRODUÇÃO
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos e a criatividade que elas trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

Em virtude disso, venho levantar e destacar a importância de se pensar a questão dos estereótipos, conceitos padronizados, na educação infantil; já que é nesta fase que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo assim, sofrer influência destes, pois poderá levar consigo sempre a idéia de que os desenhos bonitos são os estereotipados, e não querer realizar seus próprios traços.

Além disso, devemos considerar ainda, que a arte e seus elementos estão presentes em nosso dia-a-dia; não devendo ser vista como meio de oportunizar prazer às crianças, para trabalhar a coordenação motora ou para enfeitar as salas de aulas, mas ao contrário, deve-se trabalhar a arte como contribuição para a construção do conhecimento sensível da criança, já que contribui também, para a educação do olhar desta, e ajuda a ampliar suas leituras de mundo.

Esses são alguns dos motivos pelos quais venho escrever este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, assim como, argumentar, criticar e fazer-se presente nas mudanças, movimentando-se no sentido de oportunizar ao aluno um melhor ambiente de trabalho e aprendizagem, ajudando-o a ampliar suas visões de mundo e a não restringir suas idéias a estereótipos.

REFERENCIAL TEÓRICO
As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar; é assim que elas se expressam. Elas utilizam sua imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o novo, o diferente.

As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas, cabendo as instituições de educação infantil e aos professores, oportunizar a elas momentos de criação, compreensão, imaginação e ressignificação. Sendo fundamental que o professor observe os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também, a importância de a criança criar seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-determinados, evitando assim, que esses modelos prontos interfiram no imaginário da criança.

Além disso, sabemos que é na medida em que a criança vai fazendo novas descobertas e tendo contato com novos materiais, que ela vai estruturando seu vocabulário visual. Sendo de extrema importância, que o professor disponibilize materiais diversos como: argila, papel, isopor, tinta, sucata, e deixe que ela descubra as diversas utilidades que eles têm, tendo liberdade para inventar coisas que para o professor muitas vezes não têm significado, mas que para ela faz muito sentido.

Segundo Cunha (1999, p. 10), "para que as crianças tenham possibilidades de desenvolverem-se na área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios estereótipos (...)" , assim, o professor tem que fazer parte do processo de descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas idéias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da arte com a criança.

Sabendo também da importância de não somente contemplar a produção do aluno, como a leitura desta produção e de outras imagens, reforço a idéia de ampliar as possibilidades do que é apresentado a eles, diversificando sempre e tentando não se prender a estereótipos. Estes, por sua vez, fazem com que muitos alunos acabem seguindo-os por pensarem que assim terão seus trabalhos aceitos mais facilmente pelos professores, mas na verdade, o que ocorre é que com os estereótipos as crianças aos poucos desaprendam o seu próprio desenho, perdendo a confiança nos seus traços e começando a considerá-los "feios".

Mas se sabemos que os estereótipos são negativos, por que eles ainda são tão presentes em nosso cotidiano? A resposta, acredito eu, está no fato de que a maioria das vezes os estereótipos são basicamente os mesmos, e de tão reproduzidos e utilizados, se tornam largamente difundidos e aceitos. Assim acontece na escola, onde percebe-se que os estereótipos estão muito presentes, muitas vezes em formas de desenhos perfeitos que enfeitam as salas, aparecendo como pretexto de tornar o ambiente mais atraente e interessante para a criança.

Pensando agora em nossas vivências, sabemos que nós vemos o que compreendemos e o que temos condições de entender. Assim, para que realmente possamos ver um objeto, devemos percebê-lo em suas relações com o sistema simbólico que lhe dê significado. O significado, por sua vez, está relacionado ao sentido que se dá a situação, pois estabelecemos relações do que estamos vendo com as nossas experiências. Entrelaça-se informações do contexto sociocultural em que a situação ocorreu e os conhecimentos do leitor (sua imaginação, suas inferências).

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intrapessoais (PILLOTTO, 2007, p. 23).

Pensando nisso, percebe-se que não só as crianças, mas todos nós fazemos ligações do que estamos vendo com: as experiências que já vivenciamos, nossas lembranças, nossas interpretações, fantasias e até mesmo, com os últimos acontecimentos que presenciamos. Assim, se o contexto, as informações, as vivências de cada leitor estão presentes ao procurar dar um sentido para a imagem, observa-se que as crianças, por exemplo, geralmente fazem relações de uma imagem com algum personagem de história ou programa infantil que elas conhecem.

Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido." Pensando assim, reforço a idéia de que a criança faz sua interpretação em função de suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as suas vivências.

Outro elemento importante nas interpretações e relações dos alunos é a imaginação, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e criação dos alunos, cabe ao professor modificar a disposição dos objetos da sala de aula, possibilitando ao aluno situações diferenciadas que enriqueçam a sua produção e fazendo assim, com que ele veja as coisas de formas variadas, já que essas mudanças possibilitarão à criança visões diversificadas, não fazendo com que ela fixe-se em um único modelo de sala de aula. Assim, o professor não estará influenciando o aluno, mas ao contrário, instigando-o a ter novas visões.

Segundo Pillotto, a organização do espaço poderia compreender pequenos cantos com objetos e situações diferenciadas, mobiliários postos de forma a possibilitar flexibilidade para trocas de lado, formas, para o acréscimo de outros objetos, e a retirada de outros etc. (PILLOTTO, 2007, p. 20).

Além disso, deve-se levar em conta que as crianças se apropriam de novas formas de compreender o mundo de acordo com o que vivenciam. Elas inventam, contam histórias, descobrem coisas, fazem poesia. Essa última, por sua vez, termina no momento em que o professor interfere na criação e descoberta da criança, dando-lhes por exemplo, folhas mimeografadas com desenhos prontos e perfeitos, sem permitir-lhes criar, influenciando assim, em seu processo imaginário. É fundamental ainda, trazer a poesia novamente para a escola, para que a criança possa criar realidades, fundar mundos, revelar o desconhecido, pintar imagens, modelar formas e construir pontes.

Portanto, pensar nas ações que possibilitem às crianças experiências com as linguagens da arte, ajudará a desenvolver nelas a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação. Segundo Pillotto (2007, p. 25), "a imaginação nasce do interesse, do entusiasmo, da nossa capacidade de nos relacionar. Por isso as instituições educacionais precisam estar atentas ao currículo, propondo ações voltadas ao interesse das crianças." Assim, é importante utilizar o lúdico, o brinquedo e o jogo como elementos fundamentais no cotidiano das crianças, já que seu fazer criativo está sempre ligado às suas experiências de vida visando novas perspectivas e novas aprendizagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos, ela possa compreender e analisar como a linguagem visual se estrutura, e assim, possa pensar criticamente sobre as imagens.

Além disso, deve-se fazer com que a escola vá além das vivências artísticas com as quais está acostumada. Ela deve ajudar a criança a conhecer outras épocas históricas, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos sócio-culturais.

Cabe ao professor também, aguçar os sentidos de seus alunos apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. Lembrando sempre, que muitas vezes o limite da criança é o próprio corpo e o alcance de sua mão será o que delimitará o espaço de atuação gráfico-plástica e, que para a manipulação destes distintos materiais, ela possivelmente irá se sujar.

Outro ponto muito importante também, é que o educador mantenha uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra e explorando o inusitado junto com seu aluno, se aventurando a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação.

Além disso, reforço ainda, a idéia de que os desenhos estereotipados, empobrecem a percepção e a imaginação da criança, não permitindo que ela desenvolva naturalmente seu potencial. Assim, nós, como educadores, devemos oferecer maior espaço para a expressão de nossos alunos, negando os estereótipos, já que somos contra a acomodação e reprodução e acreditamos no poder de criatividade e individualidade de cada um.

Assim, acredito que, para que a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil, é necessário ligá-la ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber, possibilitando a criança a construção não só do conhecimento cognitivo, mas principalmente, do sensível. Penso ainda, que um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitindo que estas possam inventar, descobrir e sonhar livremente, colocando no papel as idéias que estão em seu pensamento, dando asas a sua imaginação.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36.

PILOTTO, Silvia Sell Duarte. As linguagens da ate no contexto da educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 17-28.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

Bruna Pereira Alves - Aluna de Graduação do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria




















Infância e descoberta: conhecendo a linguagem da arte, indo de encontro aos estereótipos
Bruna Pereira Alves

RESUMO

As crianças começam a ter contato com a arte na educação infantil. Nesta fase, elas sonham acordadas, inventam e descobrem coisas, se aventuram em um mundo desconhecido, não têm medo de criar. Pensando neste contexto, venho destacar a importância de o professor aproveitar esta fase de seus alunos e disponibilizar recursos para aprimorar o conhecimento deles e aguçar sua curiosidade e vontade de desvendar, já que é assim, que os alunos ampliarão seu vocabulário visual e darão asas a sua imaginação. Assim, escrevo este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, argumentando e criticando, movimentando-se no sentido de oportunizar ao seu aluno um melhor ambiente de aprendizagem. Além disso, venho levantar como outro ponto essencial em minha discussão, a questão dos estereótipos, muito difundidos no ambiente escolar, destacando a importância de se pensar sobre eles, e sua influência sobre os alunos, principalmente na educação infantil, em que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo ter como base modelos prontos. Desta forma, levanto a importância de o professor utilizar os jogos e o lúdico para chamar a atenção de seus alunos para o que ele está apresentando e, sem utilizar estereótipos, possibilitá-los a utilizar a imaginação para fazer arte.

Palavras-chave: Arte; Criar; Estereótipos; Imaginação.


INTRODUÇÃO
A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros contatos com as linguagens da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos e a criatividade que elas trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas. O que realmente importa a elas é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

Em virtude disso, venho levantar e destacar a importância de se pensar a questão dos estereótipos, conceitos padronizados, na educação infantil; já que é nesta fase que a criança começa a criar conceitos e relações novas a respeito do que aprende, não devendo assim, sofrer influência destes, pois poderá levar consigo sempre a idéia de que os desenhos bonitos são os estereotipados, e não querer realizar seus próprios traços.

Além disso, devemos considerar ainda, que a arte e seus elementos estão presentes em nosso dia-a-dia; não devendo ser vista como meio de oportunizar prazer às crianças, para trabalhar a coordenação motora ou para enfeitar as salas de aulas, mas ao contrário, deve-se trabalhar a arte como contribuição para a construção do conhecimento sensível da criança, já que contribui também, para a educação do olhar desta, e ajuda a ampliar suas leituras de mundo.

Esses são alguns dos motivos pelos quais venho escrever este artigo, para levantar a importância de o professor agitar-se no movimento de mudanças e descobertas, assim como, argumentar, criticar e fazer-se presente nas mudanças, movimentando-se no sentido de oportunizar ao aluno um melhor ambiente de trabalho e aprendizagem, ajudando-o a ampliar suas visões de mundo e a não restringir suas idéias a estereótipos.

REFERENCIAL TEÓRICO
As crianças sentem prazer em desenhar, pintar, rabiscar, cortar e criar; é assim que elas se expressam. Elas utilizam sua imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o novo, o diferente.

As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações expressivas, cabendo as instituições de educação infantil e aos professores, oportunizar a elas momentos de criação, compreensão, imaginação e ressignificação. Sendo fundamental que o professor observe os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também, a importância de a criança criar seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-determinados, evitando assim, que esses modelos prontos interfiram no imaginário da criança.

Além disso, sabemos que é na medida em que a criança vai fazendo novas descobertas e tendo contato com novos materiais, que ela vai estruturando seu vocabulário visual. Sendo de extrema importância, que o professor disponibilize materiais diversos como: argila, papel, isopor, tinta, sucata, e deixe que ela descubra as diversas utilidades que eles têm, tendo liberdade para inventar coisas que para o professor muitas vezes não têm significado, mas que para ela faz muito sentido.

Segundo Cunha (1999, p. 10), "para que as crianças tenham possibilidades de desenvolverem-se na área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios estereótipos (...)" , assim, o professor tem que fazer parte do processo de descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas idéias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da arte com a criança.

Sabendo também da importância de não somente contemplar a produção do aluno, como a leitura desta produção e de outras imagens, reforço a idéia de ampliar as possibilidades do que é apresentado a eles, diversificando sempre e tentando não se prender a estereótipos. Estes, por sua vez, fazem com que muitos alunos acabem seguindo-os por pensarem que assim terão seus trabalhos aceitos mais facilmente pelos professores, mas na verdade, o que ocorre é que com os estereótipos as crianças aos poucos desaprendam o seu próprio desenho, perdendo a confiança nos seus traços e começando a considerá-los "feios".

Mas se sabemos que os estereótipos são negativos, por que eles ainda são tão presentes em nosso cotidiano? A resposta, acredito eu, está no fato de que a maioria das vezes os estereótipos são basicamente os mesmos, e de tão reproduzidos e utilizados, se tornam largamente difundidos e aceitos. Assim acontece na escola, onde percebe-se que os estereótipos estão muito presentes, muitas vezes em formas de desenhos perfeitos que enfeitam as salas, aparecendo como pretexto de tornar o ambiente mais atraente e interessante para a criança.

Pensando agora em nossas vivências, sabemos que nós vemos o que compreendemos e o que temos condições de entender. Assim, para que realmente possamos ver um objeto, devemos percebê-lo em suas relações com o sistema simbólico que lhe dê significado. O significado, por sua vez, está relacionado ao sentido que se dá a situação, pois estabelecemos relações do que estamos vendo com as nossas experiências. Entrelaça-se informações do contexto sociocultural em que a situação ocorreu e os conhecimentos do leitor (sua imaginação, suas inferências).

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intrapessoais (PILLOTTO, 2007, p. 23).

Pensando nisso, percebe-se que não só as crianças, mas todos nós fazemos ligações do que estamos vendo com: as experiências que já vivenciamos, nossas lembranças, nossas interpretações, fantasias e até mesmo, com os últimos acontecimentos que presenciamos. Assim, se o contexto, as informações, as vivências de cada leitor estão presentes ao procurar dar um sentido para a imagem, observa-se que as crianças, por exemplo, geralmente fazem relações de uma imagem com algum personagem de história ou programa infantil que elas conhecem.

Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo mundo sentido." Pensando assim, reforço a idéia de que a criança faz sua interpretação em função de suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as suas vivências.

Outro elemento importante nas interpretações e relações dos alunos é a imaginação, já que ela se alimenta das experiências vividas por cada um e é responsável pela construção da cultura. Assim, para facilitar esta imaginação e criação dos alunos, cabe ao professor modificar a disposição dos objetos da sala de aula, possibilitando ao aluno situações diferenciadas que enriqueçam a sua produção e fazendo assim, com que ele veja as coisas de formas variadas, já que essas mudanças possibilitarão à criança visões diversificadas, não fazendo com que ela fixe-se em um único modelo de sala de aula. Assim, o professor não estará influenciando o aluno, mas ao contrário, instigando-o a ter novas visões.

Segundo Pillotto, a organização do espaço poderia compreender pequenos cantos com objetos e situações diferenciadas, mobiliários postos de forma a possibilitar flexibilidade para trocas de lado, formas, para o acréscimo de outros objetos, e a retirada de outros etc. (PILLOTTO, 2007, p. 20).

Além disso, deve-se levar em conta que as crianças se apropriam de novas formas de compreender o mundo de acordo com o que vivenciam. Elas inventam, contam histórias, descobrem coisas, fazem poesia. Essa última, por sua vez, termina no momento em que o professor interfere na criação e descoberta da criança, dando-lhes por exemplo, folhas mimeografadas com desenhos prontos e perfeitos, sem permitir-lhes criar, influenciando assim, em seu processo imaginário. É fundamental ainda, trazer a poesia novamente para a escola, para que a criança possa criar realidades, fundar mundos, revelar o desconhecido, pintar imagens, modelar formas e construir pontes.

Portanto, pensar nas ações que possibilitem às crianças experiências com as linguagens da arte, ajudará a desenvolver nelas a imaginação, a percepção, a intuição, a emoção e a criação. Segundo Pillotto (2007, p. 25), "a imaginação nasce do interesse, do entusiasmo, da nossa capacidade de nos relacionar. Por isso as instituições educacionais precisam estar atentas ao currículo, propondo ações voltadas ao interesse das crianças." Assim, é importante utilizar o lúdico, o brinquedo e o jogo como elementos fundamentais no cotidiano das crianças, já que seu fazer criativo está sempre ligado às suas experiências de vida visando novas perspectivas e novas aprendizagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário começar a educar o olhar da criança desde a educação infantil, possibilitando atividades de leitura para que além do fascínio das cores, formas e ritmos, ela possa compreender e analisar como a linguagem visual se estrutura, e assim, possa pensar criticamente sobre as imagens.

Além disso, deve-se fazer com que a escola vá além das vivências artísticas com as quais está acostumada. Ela deve ajudar a criança a conhecer outras épocas históricas, outras culturas, outras formas de expressão, cabendo ao professor fazer com que a criança compreenda o mundo em que está inserida, situando-a em diferentes contextos sócio-culturais.

Cabe ao professor também, aguçar os sentidos de seus alunos apresentando-lhes novos materiais e levantando questões sobre eles. Lembrando sempre, que muitas vezes o limite da criança é o próprio corpo e o alcance de sua mão será o que delimitará o espaço de atuação gráfico-plástica e, que para a manipulação destes distintos materiais, ela possivelmente irá se sujar.

Outro ponto muito importante também, é que o educador mantenha uma linha de trabalho, ligando uma aula à outra e explorando o inusitado junto com seu aluno, se aventurando a aprender caminhos novos e reaprendendo a utilizar a imaginação.

Além disso, reforço ainda, a idéia de que os desenhos estereotipados, empobrecem a percepção e a imaginação da criança, não permitindo que ela desenvolva naturalmente seu potencial. Assim, nós, como educadores, devemos oferecer maior espaço para a expressão de nossos alunos, negando os estereótipos, já que somos contra a acomodação e reprodução e acreditamos no poder de criatividade e individualidade de cada um.

Assim, acredito que, para que a linguagem da arte venha se fazer presente na educação infantil, é necessário ligá-la ao lúdico, ao jogo, ao brincar, ao criar, ao imaginar, ao perceber, possibilitando a criança a construção não só do conhecimento cognitivo, mas principalmente, do sensível. Penso ainda, que um elemento importantíssimo na construção do imaginário infantil é o fato de o professor não se impor ao processo de criação da criança, devendo se libertar ao máximo dos estereótipos que tanto as influenciam e permitindo que estas possam inventar, descobrir e sonhar livremente, colocando no papel as idéias que estão em seu pensamento, dando asas a sua imaginação.

REFERÊNCIAS
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36.

PILOTTO, Silvia Sell Duarte. As linguagens da ate no contexto da educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 17-28.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Entre a prosa e a poesia: fazeres, saberes e conhecimento na educação infantil. In: PILOTTO, Silva Sell Duarte (org.). Linguagens da arte na infância. Joinvile-SC: UNIVILLE, 2007. p. 29-45.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Professores...


"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos". Rubem Alves

sexta-feira, 5 de março de 2010

A felicidade vem...


Bom queridas novas alunas...quero comunicar minha felicidade em ter vocês como alunas e de fazer parte da equipe da ULBRA. Me esforçarei para contribuir com a jornada de ensino aprendizagem que a partir de agora traçaremos. Teremos metas e muito trabalho neste ano letivo. Tenho certeza que faremos muitas trocas e que aprenderemos juntas!

A importância da psicomotricidade


É de suma importância salientar que o movimento é a primeira manifestação na vida do ser humano, pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentos com o nosso corpo, no qual vão se estruturando e exercendo enormes influências no comportamento.
A partir deste conceito e através da nossa prática no contexto escolar, consideramos que a psicomotricidade é um instrumento riquíssimo que nos auxilia a promover preventivos e de intervenção, proporcionando resultados satisfatórios em situações de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Assunção & Coelho (1997, p.108) a psicomotricidade é a “educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas”. Além disso, possui uma dupla finalidade: “assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades da criança, e ajudar sua afetividade a se expandir e equilibrar-se, através do intercâmbio com o ambiente humano”.
Os movimentos expressam o que sentimos, nossos pensamentos e atitudes que muitas vezes estão arquivadas em nosso inconsciente. Estruturas o corpo com uma atitude positiva de si mesma e dos outros, a fim de preservar a eficiência física e psicológica, desenvolvendo o esquema corporal e apresentando uma variedade de movimentos.
Através da ação sobre o meio físico com o meio social e da interação como ambiente social, processa-se o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano. É um processo complexo, em que a combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, produz nele transformações qualitativas. Para tanto desenvolvimento envolve aprendizagem de vários tipos, expandindo e aprofundando a experiência individual.
O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado.
Diante disso, percebe-se a importância do trabalho da psicomotricidade no processo de ensino-aprendizagem, pois a mesma está intimamente ligada aos aspectos afetivos com a motricidade, com o simbólico e o cognitivo.
De acordo com Assunção & Coelho (1997, p 108) a psicomotrocidade integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com a afetividade, o pensamento e o nível de inteligência. Ela enfoca a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo que põe em jogo as funções intelectuais. As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal são manifestações puramente motoras.
Diante desta visão, as atividades motoras desempenham na vida da criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos dos sentidos, ela percebe também os meios como quais fará grande parte dos seus contatos sociais.
Portanto, a educação psicomotora na idade escolar deve ser antes de tudo uma experiência ativa, onde a criança se confronta com o meio. A educação proveniente dos pais e do âmbito escolar, não tem a finalidade de ensinar à criança comportamentos motores, mas sim permite exercer uma função de ajustamento individual ou em grupo.
As atividades desenvolvidas no grupo favorecem a integração e a socialização das crianças com o grupo, portanto propicia o desenvolvimento tanto psíquico como motor. Os movimentos, as expressões, os gestos corporais, bem como suas possibilidades de utilização (danças, jogos, esportes...), recebem um destaque especial em nosso desenvolvimento fisiológico e psicológico.
Com base neste contexto, percebemos a importância das atividades motoras na educação, pois elas contribuem para o desenvolvimento global das crianças. Entretanto, as crianças passam por fases diferentes uma das outras e cada fase exige atividades propicias para cada determinada faixa etária.
A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelo profissional da educação, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor e intelectual do aluno, sendo que o corpo e a mente são elementos integrados da sua formação.



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quinta-feira, 4 de março de 2010

Quando somos apaixonados, somos um pouco donos...


Dia destes estava esperando minha vez e encontrei uma pessoa muito especial e em meio uma conversa e outra surgiu o assunto Educação X Escola. As relações que estabelecemos na Escola é para toda uma vida, a Escola é a vida. O ser humano nasce para três coisas ser educado, ser feliz e ter saúde. Ser educado e aprender a se comunicar, a ser aceito e a dominar os conhecimentos adquiridos na história da sociedade transformando-a para melhor.Transcender ao que está posto. Ter saúde, o conhecimento sobre o homem e sobre o corpo humano relata que somos o que fazemos, o que comemos e como fazemos tudo isto. Estas ações definem grande parte da nossa vitalidade.Ser feliz, a felicidade está em nós e não em um amor carente que precisa de algo, de alguém que ofereça a felicidade. Agora, quando somos apaixonados pelo que fazemos, por onde moramos somos também “donos”. Refletindo, claro pelo lado bom de ver as coisas...Ele me definiu como uma apaixonada, fiquei feliz, pois lembrei-me de todas as outras apaixonadas com quem convivo, minhas alunas e minhas amigas queridas Roberta, Fernanda, Carla, Ana, Cida, Ângela, Lisiane,Lorena,Judite, Kiria etc...