quarta-feira, 24 de março de 2010

Por uma Educação Infantil de qualidade!


È irritante acompanhar os artifícios montados por profissionais progressitas tradicionais em volta do planejamento da educação infantil tendo como objetivo maior “A louca vontade de fazer a criança ler”, saber as letras como se isto fosse o sucesso da educação infantil. Sim! Sabem as letras, as vogais etc, mas esquecem as cores, os movimentos e a fantasia de ir para a Escola de Educação Infantil.
“De forma “neutra” ouvimos: - Depois que isto está bem trabalhado percebemos a facilidade que eles têm de reconhecer as letras etc...”
È preciso compreender que a Educação Infantil se propõe a estimular as crianças cognitivamente, a socialização, a linguagem e consequentemente por meio do lúdico e da brincadeira a classificação e a seriação que servirão de suporte para a alfabetização e não ao contrário. O medo das lacunas que atormentam este tipo de profissional faz com que a Educação Infantil seja vista como fase de acesso para o Ensino Fundamental e isto prejudica todo o processo de desenvolvimento criativo e autônomo das crianças, além é claro de tornar a Escola chata, repetitiva e sem encantamento.
A questão não é a forma, mas os princípios que sustentam as orientações em torno da Educação infantil e a sua organização. Sem dúvida, a elaboração de um planejamento depende da visão de mundo, de criança, de educação, de processo educativo que temos e que queremos: ao selecionar um conteúdo, uma atividade, uma música, na forma de encaminhar o trabalho. Envolve escolha: o que incluir, o que deixar de fora, onde e quando realizar isso ou aquilo. E as escolhas, a meu ver, derivam sempre de crenças ou princípios.
Como um processo reflexivo, no processo de elaboração do planejamento o educador vai aprendendo e exercitando sua capacidade de perceber as necessidades do grupo de crianças, localizando manifestações de problemas e indo em busca das causas. Vai aprendendo a caracterizar o problema para, aí sim, tomar decisões para superá-lo. O ato de planejar pressupõe o olhar atento à realidade.

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