domingo, 27 de dezembro de 2009

Uma luz no fim do túnel...


“Percebemos que a televisão exerce grande influência em nossas vidas, quer seja como forma de lazer, quer seja pela atualização dos fatos ocorridos no mundo.
O que não podemos negar é que mesmo a TV exercendo grande influência em nossas vidas, as pessoas, mais especificamente, as crianças, que são nosso foco de estudo, não são passivas diante da televisão. De acordo com Pougy (2005), a criança relaciona-se com a TV do mesmo modo que se relaciona com o que está a sua volta. Para ela, a TV constitui-se em um jogo simbólico, como são as brincadeiras infantis. A criança é receptiva das mensagens veiculadas a TV, ela recria de acordo com suas experiências em um processo de troca de conhecimentos. Ela incorpora o que vê e ouve de maneira criativa, retirando o que lhe interessa naquele momento.
Segundo Foucault apud Fischer (2002) a mídia participa da constituição de sujeitos e subjetividades na medida em que produz imagens, significações, enfim, saberes que de alguma maneira se dirigem à "educação" das pessoas, ensinando-lhes modos de ser e estar na sociedade em que vivem.
É necessário, assim, ressaltar que não se pode negar que a mídia exerce influência na formação desse sujeito ao lado da escola, família, instituições religiosas a sociedade em geral. Os processos de subjetivação sempre são históricos e, portanto cada época possui construções particulares do contexto onde se está inserido.”

Ontem estava com medo de levar meu pequeno para assistir o filme Avatar, já havia contornado duas tentativas... Li um pouco sobre o filme, gostei, mas ainda desconfiada... Como estamos nesta sociedade com algumas demências culturais, ando sempre com o pé atrás. A boa noticia é que o filme me surpreendeu positivamente pela diversidade dos temas abordados entre eles:

• Valorização da cultura
• Respeito
• Valorização de todo o tipo de vida independente da espécie
• Visão de que a vida está interligada a outras vidas
• Um ecossistema que tem força de transformação
• Valorização da família, do companheirismo, do trabalho em equipe.
• Reflexão sobre os atos, energias que deixamos para os outros.
• Desvalorização do capitalismo selvagem


Estes são apenas alguns tópicos. A mensagem em prol da vida e do ecossistema exige uma reflexão paralela com o mundo que temos e o mundo que queremos. Um mundo humano que cuida, protege e é grupo, é família é vida.
O que mais me animou como educadora é saber que o filme é sucesso no mundo, isto me leva a acreditar mesmo que utopicamente que é possível uma transformação em uma sociedade tão doente, tão cega e tão descartável como a que vivemos.O filme exige de você mesmo sem querer um pensar, um pensar profundo sobre o que temos, o que queremos e como estamos. Em quase todos os momentos estive ao lado dos avatars e só torci para os humanos quando eles realmente eram humanos.Ainda estou atenta as questões de marketing do filme mas a mensagem mais urgente ele passou “ a vida” e isto já me anima!

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