segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O desenho infantil...


Quem me mandou este texto é uma pessoa muito especial para mim, uma das minhas melhores professoras. Uma pessoa muito importante em minha vida profissional da qual sou muito grata por seus ensinamentos, exemplos e palavras! Cida adoro você!

“Para a criança, brincar e viver é a mesma coisa. Cantar, dançar, pintar e as demais atividades artísticas são sinônimo de vida. A criança é um ser criador, e só deixa de ser por imposição dos adultos. Só há infância quando se assegura à criança o seu direito inalienável de exprimir-se livremente.” Augusto Rodrigues (fundador da Escolinha de Arte do Brasil).


O Desenho Infantil

Toda a atividade expressiva como pintar, dançar, construir e representar envolve um grande potencial operacional e imaginário, contribuindo para o “desabrochar” da criança, à medida que promove o desenvolvimento da sua criatividade e autonomia.
O ato de desenhar impulsiona manifestações que acontecem juntas, numa unidade indissolúvel, possibilitando uma grande caminhada pelo quintal do imaginário.
O desenho constitui para a criança uma atividade que engloba o conjunto de suas potencialidades e necessidades. Ao desenhar, a criança expressa a maneira pelo qual se sente existir.
O desenho como linguagem é instrumento de conhecimento e um meio de comunicação e expressão. Desenhar não é copiar formas ou figuras. Desenhar objetos, pessoas, situações, animais, emoções e ideias são tentativas de aproximação com o mundo.
Desenhar é conhecer, é aproximar-se. O desenho é a manifestação vital da criança agir sobre o mundo que a cerca, intercambiar, comunicar. Ao desenhar, a criança passa por um intenso processo de seu próprio crescimento.
Os primeiros traçados de linhas sobre o papel constituem um passo muito importante do desenvolvimento infantil, pois representam o início da expressão que conduzirá a criança ao desenho, à pintura e à escrita.
A garatuja não é simplesmente uma atividade sensório-motora descomprometida. Através desta aparente “inutilidade” contida no ato de rabiscar estão latentes necessidades de comunicação. A maneira como as garatujas forem recebidas pelos pais ou professores terá grande influência no desenvolvimento da criança.
A criança está integralmente presente em tudo o que faz, principalmente quando existe um espaço emocional que o permita. Existe um pensar por trás de seu fazer e de suas pequenas operações.


A criança vivencia, organiza, operacionaliza, elabora, constrói, reconstrói em busca de novas configurações. O papel do adulto é o de ajudar a criança na exploração de sua criatividade, valorizando e prestigiando as suas obras. Deixando-as criar proporcionamos condições para que se torne um adulto crítico e criativo.

Fonte:
DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho. Ed. Scipione.
NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. A Educação Artística da Criança.Ed. Ática.

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