quinta-feira, 7 de outubro de 2010

“FORMA SILENCIOSA DE ENSINO” O ESPAÇO ESCOLAR NO CURRÍCULO DO CENTRO EDUCACIONAL MENINO JESUS: PRODUZINDO SUBJETIVAÇÕES E IDENTIFICAÇÕES


Lembra aquele anjo que me emprestou suas asas para eu voar as escadarias da UDESC, pois é este anjo se chama "Carla" uma amiga de ouro, querida, boa, inteligente, sensacional! Ela está desenvolvendo um projeto lindo, uma investigação do espaço escolar do colégio Menino Jesus e a influência de Maria Montessori na prática pedagógica da Escola.
Ela está apresentando a pesquisa em congressos. A pesquisa é orientada pela nossa professora Gladys Mary Ghizoni Teive(maravilhosa)e já é um sucesso!

“FORMA SILENCIOSA DE ENSINO”
O ESPAÇO ESCOLAR NO CURRÍCULO DO CENTRO EDUCACIONAL MENINO JESUS: PRODUZINDO SUBJETIVAÇÕES E IDENTIFICAÇÕES

Carla Regina Hofstatter ; Gladys Mary Ghizoni Teive

1 Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
2 Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC
1. Introdução
Este projeto de pesquisa ao nível de Mestrado tem como objetivo principal a análise do espaço escolar de uma escola privada e católica de Florianópolis: o Centro Educacional Menino Jesus - CEMJ, fundado em 1955 e dirigido pela congregação das Irmãs Franciscanas de São José. A partir de 1973 esta escola mesclou ao traçado curricular de viés católico os pressuspostos do Método Montessori, desenvolvido pela médica italiana Maria Montessori no início do século XX. Surgido no contexto da Escola Nova, este Método propõe, dentre outras especificidades, um novo desenho espacial para a escola e, especificamente para a sala de aula, adaptando-o as necessidades infantis e tornando-o auto-educativo, ou seja, capaz de produzir a autonomia na criança.
Tendo como ferramenta de análise as teorizações dos historiadores espanhóis Agustín Escolano Benito e Antonio Viñao Frago (1998), parto do pressuposto de que o espaço escolar é um mediador cultural em relação a gênese e formação dos primeiros esquemas cognitivos e motores ou seja, um elemento significativo do currículo, uma fonte de experiência e aprendizagem”, ou seja, o espaço escolar constitui-se numa “forma silenciosa de ensino” e, portanto, como currículo. (ESCOLANO BENITO, 1988, p.26-27).
Assim, a forma como o espaço é projetado e utilizado na sala de aula e em outros “lugares” da escola, contribui para o engendramento de uma determinada cultura escolar, capaz de produzir subjetivações e identificações bastante particulares. E são justamente estes dois aspectos que pretendo analisar: a produção de subjetivações e identificações nas crianças a partir de uma determinada configuração espacial, ou seja, que tipo de significados/sentidos o espaço escolar projetado para o Centro Educacional Menino Jesus pretendia produzir nos seus alunos e alunas no período recortado para a análise: de 1973 a 1997. A delimitação deste período se justifica pelo fato de que foi a partir de 1973 que a escola optou pelo método montessoriano, o que resultou numa reorganização didática do espaço escolar. E termina em 1997, pois este período foi marcado pelo início da construção de um novo edifício sede, o que sinaliza uma nova ordem na dimensão espacial da instituição.
.
2. Método

Trata-se de uma pesquisa de base documental. A base empírica para tal investigação é constituída de fontes documentais tais como os programas de ensino e Projetos Pedagógicos da escola, bem como as obras de autoria de Maria Montessori, fontes iconográficas e entrevistas com as Irmãs da Congregação e corpo docente que atuou na escola no período estudado.

3. Resultados e Discussão

A partir de leituras sobre a teoria escolanovista e a obra de Maria Montessori em particular, estamos neste momento realizando sínteses acerca dos pressupostos do método montessoriano, especificamente no que se refere a concepção acerca do espaço escolar. Num segundo momento analisaremos o currículo do Centro Educacional Menino Jesus, especialmente os projetos pedagógicos, programas de ensino e outros documentos produzidos pela Escola, bem como as entrevistas realizadas, sempre focando o olhar na questão específica da nossa pesquisa, qual seja, o espaço escolar, de modo a compreender como esta instituição se apropriou da teoria montessoriana, incorporando os postulados do método montessoriano em seu currículo e em sua cultura escolar. Por último, tentaremos desentranhar os sentidos e significados que a incorporação do novo desenho espacial deveria produzir nas crianças, ou seja, as subjetivações e identificações desejadas.

4. Conclusão

Trata-se, como já foi afirmado, de uma pesquisa em andamento, iniciada neste ano de 2010, não havendo, portanto, conclusões a serem socializadas.

Referências

ESCOLANO BENITO, Agustín & VIÑAO FRAGO, Antonio (1998). Currículo, Espaço e Subjetividade: a arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A.

________________________________________
* Autora Correspondente: carlahofstatter@hotmail.com

Um comentário:

  1. Lubienska não é francesa, sua professora não corrige os artigos de alunas não é mesmo? em todos os casos ela é ausente, mas coloca o nominho no artigo, nós sabemos disso.

    ResponderExcluir